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Artigo adicionado em 23/10/2002, às 04:14

Crítica: ESTRADA PARA PERDIÇÃO
Metralhadoras, sangue, morte e cenas fortes: para o vovô e o netinho O perigoso Tom Hanks Depois de ver "O Senhor dos Anéis" concorrer ao título de melhor filme do ano na última cerimônia do Oscar e ser derrotado pelo também excelente "Mente Brilhante", ficou aquela sensação de: "Meu Deus, será que nunca um filme […]

Por
Tutu Figurinhas

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O perigoso Tom Hanks

Depois de ver "O Senhor dos Anéis" concorrer ao título de melhor filme do ano na última cerimônia do Oscar e ser derrotado pelo também excelente "Mente Brilhante", ficou aquela sensação de: "Meu Deus, será que nunca um filme verdadeiramente nerd vai ganhar o prêmio máximo do cinema americano?". Ah, meu caro, isto pode acabar acontecendo antes do que se imagina. Afinal, acaba de estrear no Brasil um filme com sérias chances de levar a estatueta…e que, vejam só, é a adaptação de uma história em quadrinhos.

Mas pera lá: não vá imaginar nenhum sujeito anabolizado em roupa colante. Isso a gente deixa para o suspeito filme do Demolidor, que será vivido por Ben Affleck. Em "Estrada para Perdição" (Road to Perdition), a década é de trinta, o local é Chicago. É a época da Grande Depressão. Michael Sullivan (magistralmente interpretado por Tom Hanks) trabalha para John Rooney (Paul Newman) como matador de aluguel, na máfia irlandesa. Sullivan era tratado como um filho por seu patrão, o que despertava em Connor Rooney (Daniel Craig), filho biológico de John, uma grande inveja e necessidade de atenção. Por outro lado, da mesma necessidade de atenção sofria Michael Sullivan Jr. (Tyler Hoechlin), filho mais velho de Sullivan…e colocado de lado graças às atividades ilícitas do paizão, sem tempo para dedicar-se às atividades familiares.

É inevitável que as vidas das duas famílias colidam de tal forma que acabem levando à morte da esposa (Jennifer Jason Leigh) e de Peter (Liam Aiken), o filho mais novo de Sullivan. Os assassinatos fazem com que Sullivan se vire contra seu antigo empregador em uma jornada pelo instinto de sobrevivência e necessidade de vingança. Mas esta trilha de sangue, esta estrada para a perdição, pode acabar carregando para um caminho sombrio e marcado pela violência o seu jovem filho…forçado a crescer muito antes do tempo. E é aqui que surge, na vida dos dois, um sujeito chamado…Harlen Maguire (Jude Law, também em interpretação bastante competente).

Eu lhes dou bonecos dos Transformers...mas vocês devem matar o Fanboy

Paul Newman e a molecada

Tudo produzido e dirigido por Sam Mendes, o mesmo diretor de Beleza Americana. Depois de faturar o Oscar de melhor filme pela primeira vez, parece realmente que o cara quer provar novamente o gostinho da estatueta dourada. Isso é fato: ele sobreviveu, e com louvor, à síndrome do "grande sucesso": depois de dirigir um excelente filme, nem todo diretor consegue manter a forma em sua próxima produção. Este não é o caso de Mendes, que orquestra "Estrada para Perdição" de forma inteligente e coesa.

A trama forte e envolvente, as cenas chocantes e a ambientação perfeita são convites para qualquer um que goste de filmes de gângsters. Mas esse não é só MAIS UM filme de gângsters. Alguns críticos dizem por aí que, embora esteticamente perfeito, esta seria uma obra desprovida de emoção. Bobagem. Na verdade, é exatamente na fuga dos clichês abusivos e do melodrama típicos dos blockbusters americanos (e das novelas mexicanas) que reside o sucesso desta produção. Se você é pai, com certeza esta obra vai mexer com você. Até quando pode ser perigoso um filho seguir os passos do pai como seu modelo e inspirador.

Ah, sim, antes que eu me esqueça: a obra de quadrinhos original, escrita por Max Allan Collins e com arte de Richard Piers Rayner, já foi lançada no Brasil, pela Conrad. O gibi é tão bom quanto o filme. E vice-versa. Quer saber? Parafraseando a Playboy: fique com os dois. E aproveite para entender de uma vez por todas porque o mundo não é feito só da eterna disputa entre a Marvel e a DC.


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