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Artigo adicionado em 25/05/2006, às 11:52

X-MEN: A HISTÓRIA DOS GAMES
Games mutantes, do NES ao PS2! :: ESPECIAL X-MEN 3: volte à página principal X-Men. Você sabe. A mega criação de Stan Lee sobre pessoas que nasceram com habilidades especiais, e decidem usar isso pelo bem da humanidade (ou não!), famosa história em quadrinhos, que alcançou várias outras mídias através de sua história. Virou desenho […]

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Os Master


:: ESPECIAL X-MEN 3: volte à página principal

X-Men. Você sabe. A mega criação de Stan Lee sobre pessoas que nasceram com habilidades especiais, e decidem usar isso pelo bem da humanidade (ou não!), famosa história em quadrinhos, que alcançou várias outras mídias através de sua história. Virou desenho animado, videogame, ei, olha só, foi até parar no cinema! E para comemorar o lançamento de um dos filmes mais esperados do ano, a terceira investida dos mutantes na sétima arte, A ARCA preparou uma retrospectiva sobre os games que contém o Gene X.

Incrivelmente, até mesmo o NES, vulgo “Nintendinho”, tinha o seu jogo dos X-Men. E eles atravessaram uma história e tanto desde então. Começaram com óbvios jogos de aventura e ação, uns muito bons (e muito difíceis!) e outros meio nhé. Na época dos 8-16 bits, na maioria dos jogos estrelados por Ciclope e sua trupe você controlava um (ou mais) personagens, geralmente à sua escolha, através de fases, simplesmente batendo nos inimigos, coletando power-ups. Aproveitava-se do grande elenco da saga para que um único jogo apresentasse jogabilidades variadas.

Nos games da era 32 bits, os X-Men se tornaram mais briguentos. Foi a época das grandes amálgamas, as maçarocas de personagens nos jogos de luta, com misturas incríveis como controlar Wolverine numa luta contra Ryu, do “Street Fighter”. Vários jogos foram lançados para vários consoles dessa fase, e renderam games bem divertidos com alguns personagens criativos e um visual meio “padrão” que foi bem aceito pelos gamers em geral.

A próxima era mudou ainda mais. Com o advento do 3D facilmente aplicável, conseguiram converter a história dos mutantes até para RPGs, lembrando o estilo ” Baldur’s Gate”, sem falar dos games de ação desenfreada e “bata em quem estiver em volta”.

Analisamos agora os games mais importantes lançados para consoles caseiros, dos mais antigos aos mais novos.

:: X-MEN
Plataforma: Nes
Ano: 1988

Produtora: Marvel Entertainment Group
O primeiro game para um console mainstream, caseirão, videogame mesmo, foi essa pequena pérola de nostalgia. Nele, você pode jogar sozinho ou com outro jogador cooperativamente, e tem a simples missão de chegar até o final da fase, sobrevivendo aos inúmeros robozinhos e monstrinhos (não existe outra definição pra eles) que surgem pelo caminho.

Você pode escolher entre personagens que ataquem de perto ou de longe. Entre os “meelee”, temos, é claro, Wolverine, além de Colossus e Noturno. Os que atacam à distância são Ciclope, Tempestade e Homem de Gelo.

Os gráficos não são muito legais, mesmo pra época. Não podemos esperar um nível altíssimo de detalhes. Mas ainda assim os personagens, enquanto não estão “bem feitos”, estão divertidos, pelo menos aceitáveis. A visão superior que o game traz facilita bastante o controle de dois jogadores, e a jogabilidade se resume a “atacar” e “pular”, o último usado para escapar de projéteis inimigos. Inimigos que variam de… Centopéias… a… Esqueletos com espadas… O som consegue trazer uma música de qualidade pra época, e blips e blops na hora dos “efeitos sonoros”.

Quando se começa o jogo, você escolhe dois personagens. Se não está jogando com um amigo no segundo controle, o próprio game controla o outro personagem, normalmente resultando em efeitos drásticos e morte muito rápida. Por fim, é um começo promissor para os games de X-Men. Meio que uma visão dos games que estariam por vir.

:: WOLVERINE
Plataforma: Nes
Ano: 1991
Produtora: LJN Ltd, Marvel Entertainment Group

Games solos também foram bem comuns nessa história dos X-Men através dos games, e o rabugento da turma é quem protagonizou praticamente todos eles. O primeiro game em que o herói era ninguém menos do que Wolverine foi lançado em 1991, e já contava com gráficos e jogabilidade bem melhores do que os do game anterior. Mas não deixa de ser outro game extremamente simples. Wolverine pula, agacha, bate, nada em lugares com água. E ainda pode escolher entre “bater sem garras” e “bater com garras”, sendo que, se apanha muito, perde as garras (oh, um antepassado do Vega do “Street Fighter”!). Novidades de fato, tornando-o um game de plataforma divertidinho.

Os inimigos continuam meio estranhos, mas agora Wolverine ao menos enfrenta alguns marmanjos armados. É só passar primeiro por uns… Carinhas brancos que somem e aparecem… Uma coisa muito legal é que, entre as fases, aparecia o grande inimigo de Wolverine, Dentes-de-Sabre, tirando uma com a cara do herói. É mole?

E é claro, a época era o início dos games, então encontramos elementos bem comuns àquela época, como por exemplo, os itens que recuperam sua energia são hambúrgueres e garrafas de bebida (Seria Wolverine um garoto propaganda do McDonalds???). Novamente temos uma musiquinha bacana e os sons “pane no computador”. Tudo para que hoje, se você jogar, tenha um ataque de nostalgia. Mais um game que, como muitos que ainda viriam, contam com a simplicidade do game e o carisma dos personagens.

:: X-MEN
Plataforma: Mega Drive
Ano: 1993
Produtora: Sega

Uma das primeiras incursões na geração de 16 bits foi esse game de plataforma, outra aventura de ação side-scrooling que traz os mutantes favoritos do planeta. Novamente simples, novamente carismático, mas um pouquinho arrastado.

A jogabilidade é endurecida, coisa um tanto comum em games do Mega Drive dessa época, lembrando até outros títulos de ação, deixava o game com um fluir mais mecânico do que outros exemplos contemporâneos. Você pula, ataca, e tem o ataque especial. Pode escolher entre 4 personagens: Wolverine, Ciclope, Gambit e a novidade, Noturno. O game começa com um treinamento na sala de perigo, e parte para missões mais arriscadas, que passam a envolver outros personagens e situações, indo até ao império Shiar!

Gráficos exemplares para a época, uma arte na medida, e um som mediano ajudam o game, embora sua linearidade e mesmice (bata nos inimigos, chegue ao final da fase) canse, como também em outros títulos.

O maior legal é que ele permite que você controle o azulado Noturno. Isso meio que abriu um pouco a possibilidade de variação, mesmo que só na teoria. Os poderes do Noturno nunca foram plenamente explorados nos games, mas poder se teletransportar, mesmo que a pequenas distâncias, e sem soluções tão criativas para o uso do poder, já difere de simplesmente “bater” e “atirar”.

:: X-MEN 2 – CLONE WARS
Plataforma: Mega Drive
Ano: 1995
Produtora: Sega

Continuação do game de 93, Clone Wars evolui, e muito, alguns aspectos de jogabilidade. Os personagens fluem melhor na tela, e o jogo está menos “duro”, mais veloz e dinâmico. Agora você pode escolher entre Wolverine, Gambit, Ciclope, Noturno, Fera e Psylocke, cada um com seus ataques, especiais, pulos duplos, velocidade, etc.

Por exemplo, a utilização do teletransporte do Noturno melhorou pacas. Além de estar muito mais controlável, você ainda pode usar a explosão causada pela ação para atacar inimigos. Os meios de jogar com cada personagem estão bem diferentes, exceto Ciclope e Gambit, que são praticamente iguais.

Os gráficos estão bem mais interessantes do que o game anterior, e a própria abertura do game começa com um efeito de neve bem bacana. Aliás, ao ser ligado, o game te joga na primeira fase, com um personagem randômico, sem mais nem menos. Mais um passo na carreira evolutiva dessa série de games dado na direção certa.

:: X-MEN: MUTANT APOCALIPSE
Plataforma: Snes
Ano: 1994
Produtora: Capcom

Um ótimo exemplo da era dos 16 bits de como é possível usar a versatilidade dos X-Men é este game de 94. Nele, os nossos heróis precisam invadir uma ilha em que experiências com Sentinelas e outras coisas escusas estão acontecendo. Mal sabem eles o que se esconde por trás de tudo isso…

Neste game de ação side-scrooling, o Professor X oferece o controle de um entre os 5 personagens que aparecem, e cada um precisa investigar um ponto da ilha. Eles são Wolverine, Ciclope, Gambit, Psylocke e Fera. O maior legal desse jogo são as pequenas pérolas de jogabilidade, como a habilidade de Fera de ficar pendurado pelos pés no teto do cenário, ou de Wolverine escalar paredes. Os controles seguem um estilo “Street Fighter”, em que, ao realizar uma “magia”, você realiza um movimento especial.

Gráficos bem feitos, fiéis e bem animados, sons maneiros e diversão garantida. Mas esse game tem uma característica a mais que o torna bem mais interessante. É um game difícil. Não é “OH CÉUS, MEGAMAN SEU BASTARDO”. Mas é difícil. É impiedoso com seu HP (inimigos que causam danos injustos. Injustos!!!), e quando você morre, você volta para a tela de seleção de personagens. Se morre mais uma vez com o mesmo personagem, é GAME OVER BABE! Você só consegue a senha das fases após passar dos cinco estágios com os heróis, para depois ir para outro nível, e atravessar novas fases com os mutantes.

Poderia explorar melhor os personagens, eles poderiam fazer mais coisas? Olha, acho que não. Se manter ao básico é parte do charme dos games dessa época, sem falar das limitações de hardware. “Mutant Apocalipse” continua divertido até hoje, e são games assim que fazem a história dos games de X-Men ser mais positiva do que… por exemplo… a história dos games de Super-Homem (falamos sobre isso daqui um mês).

:: WOLVERINE – ADAMANTIUM RAGE
Plataforma: Snes
Ano: 1995
Produtora: LJN, Marvel Software, Bits Corporation

E chegamos a outro “projeto solo”, um bem tosquinho. A começar pela introdução, em forma de quadrinhos, em que Wolverine destrói um computador pela não cooperação, e depois simplesmente parte por uma fase “laboratório” com soldados, robôs, etc, sem muita explicação do que acontece…

Os gráficos estão simplesmente feios, com um nível de detalhes dos personagens meio em baixa. Mas isso nada se compara à animação. Ela não é exatamente “mal feita”, até dá pro gasto, mas o que é animado é que não encaixa. Wolverine tem uns movimentos meio questionáveis. O chutinho que ele dá é muito, muito “não o tipo de chute que o Wolverine de verdade daria”. É mais um chute que um dançarino de balé daria. Sem falar da cara de “Ooops!” do Wolverine quando está numa extremidade, prestes a cair. Fizeram do herói um cara mais engraçadinho. Não gostei. Ninguém gostou.

E de jogabilidade, o mesmo de sempre. Socos, chutes, garras, pular, escalar paredes. Mas a jogabilidade é pouco maleável, não ajuda muito o jogador na hora de sentar a garra nos soldados grotescos que te atacam.

Um ponto positivo é a música, que é bem legal, ponto que até agora não era algo notável em nenhum game dos Mutantes. Mas é a única característica verdadeiramente positiva no game. De resto, poderia ter sido MUITO melhor.

:: MARVEL SUPER HEROES: WAR OF THE GEMS
Plataforma: Snes
Ano: 1996
Produtora: Capcom

War of the Gems, um game que teve lá sua fama, que apresentava outros heróis da Marvel como personagens jogáveis. Esse game entrou na matéria porque você pode jogar com Wolverine, mas talvez encaixe-se melhor numa lista de games de personagens da Marvel.

As gemas do poder caíram na Terra, e agora é trabalho dos heróis deste lado do hemisfério cuidarem para que não caia nas mãos erradas. O Thanos provavelmente está por trás disso, mas não conta pra ninguém.

A jogabilidade está na média, não atrapalha, mas também não inova a princípio. O que os personagens fazem é exatamente o que você espera, sem surpresas. Com o advento das “gemas do poder”, a coisa melhora um pouco. No geral, os controles de rápida resposta, com movimentos bem feitos dos personagens, aliados a gráficos muito bonitos e bem animados deixam o jogo bem positivo.

Você escolhe entre 5 heróis: Homem-Aranha, Homem de Ferro, Capitão América, Wolverine e o Hulk. E então escolhe que parte do mundo você quer verificar, dentro das 4 opções iniciais, uma floresta na Amazônia, um aquário em Boston, o Alaska ou o castelo do Dr. Doom, na Latvértia. As fases não demonstram uma dificuldade tremenda, sendo esta outra característica bem medida.

O carisma dos personagens, a boa animação e a imersão no universo Marvel (ei, aqueles inimigos não são clones do Gavião Arqueiro?) fazem do jogo uma boa diversão. E é isso que o jogo tem que ser mesmo.

:: Games de Luta Estilo Capcom

E chegamos a um ponto importante na história dos games de X-Men. A fase “32 bits” dos games mutantes teve pouco de aventura, mas muita briga. Arcades também trouxeram as versões “insert coin” dos games de luta frenéticos, vibrantes e coloridíssimos que temos aqui. Entre eles não há quase nenhuma diferença verdadeiramente prática. Todos seguem o melhor estilo Street Fighter, e jogam os personagens da Marvel, entre eles os X-Men, uns contra outros, e ainda contra personagens de outras empresas, como a própria Capcom.

Alguns desses jogos são muito legais. Bem aquela diversão rápida, pra se jogar com a galera quando todo mundo já cansou de Winning Eleven. A jogabilidade da maioria deles segue a qualidade que você espera desse tipo de jogo, e em grande parte ela não decepciona. São jogos fáceis de jogar, com golpes, combos, “magias”, etc.

As três únicas verdadeiras diferenças de todos esses jogos são os gráficos, os personagens e a intensidade do game. As animações e a arte dos mais recentes estão bem superiores do que os antigos, no entanto podemos dizer que a qualidade gráfica foi uma constante, modificando seu nível de qualidade poucas vezes. Quando era modificada, era por motivos de transferência de consoles, quando um game era adaptado dos Arcades para os games caseiros, a qualidade gráfica caia abismalmente. Nos games para Saturno, isso quase não acontecia.

Os mais recentes jogos da lista já conseguem ter o nível de qualidade alto, demonstrando maior dedicação na hora de produzir o game. Não só a adição de cenários 3D, mais efeitos de luz, mas os próprios personagens estão melhor animados. Alguns no meio do caminho se mostraram um pouco desleixados, mesmo tendo poder gráfico, como X-Men vs Street Fighter, que tem seu visual um pouco a desejar.

De personagens, os games sempre foram bem servidos. Naturalmente, o número cresceu a cada novo jogo, tendo um verdadeiro exército no Marvel Vs Capcom 2 (quando você termina de destravar todos os personagens secretos… caramba… é muita gente…). Neste último você tem praticamente todos os personagens que já existiram nesses games, além de novos, sem falar de vários que só aparecem como auxílio, recurso também só dos mais recentes.

Esses games foram meio que a versão “Capcom” do estilo “King of Fighters” de trocar de personagem durante a luta. Na maioria deles você monta um time de 2 (ou 3, dependendo da versão e do console), e muda de personagem com o toque de alguns botões.

A intensidade dos games é o que realmente diferencia todos eles. A junção de som, impacto visual, velocidade e ritmo de jogo não foi o mesmo em todos os jogos, o que fazia de alguns deles, como “X-Men vs Street Fighter”, games um pouco menos vibrantes, chegando até a serem meio monótonos.

No geral, são jogos de luta que marcaram história. Uma amálgama de cores, personagens voando pra lá e pra cá, luzes, cenários saltitantes, golpes, gritos, arremessos, super/mega/ultra especiais, etc. É incrível como ninguém teve epilepsia com esses games até agora. Os games são esses:

MARVEL SUPER HEROES
Plataformas: Play Station, Saturno
Ano: 1997
Produtora: Capcom

X-MEN: CHILDREN ON THE ATOM
Plataformas: Play Station, PC
Ano: 1997
Produtora: Acclaim, Probe Ent.

X-MEN VS. STREET FIGHTER
Plataformas: Play Station, PC
Ano: 1997
Produtora: Capcom

MARVEL SUPER HEROES VS. STREET FIGHTER
Plataformas: Play Station, Saturno, Arcade
Ano: 1999
Produtora: Capcom

MARVEL VS. CAPCOM
Plataformas: Play Station, Dreamcast, Arcade
Ano: 1999 (DC,ARC), 2000 (PS)
Produtora: Capcom

MARVEL VS. CAPCOM 2
Plataformas: Play Station 2, Xbox, Arcade, Dreamcast
Ano: 2000 (DC, ARC), 2002 (PS2), 2003 (XB)
Produtora: Capcom

E vamos adiante com os outros agora.

:: X-MEN – RAVAGES OF THE APOCALYPSE
Plataforma: PC
Ano: 1997
Produtora: WizardWorks, Zero Gravity

Estranho como a própria premissa, eis um game de tiro baseado no universo mutante. Um game que usou a formulinha (e provavelmente a engine) do “Quake” para jogar você na pele de um capanga do Magneto, que parte com uma arma na mão e uma idéia na cabeça atrás do nefasto Apocalipse, que clonou um monte de mutantes e agora quer dominar o mundo pós-Onslaught (ou Massacre, para os íntimos).

Não foi um game famoso, é na verdade meio ruinzinho, com um nível de dificuldade um tanto desordenado (as suas armas não são muito úteis na hora de matar os inimigos) e com a perda da imersão e diversão que fazia do Quake uma coisa bacana.

Não há muito mais para se falar do game, só que é uma idéia interessante. Interessantemente bizarra. Imagine um Quake em que os inimigos são X-Men. Esses mutantes surpreendem viu…

:: X-MEN: MUTANT ACADEMY
Plataforma: Game Boy Color
Ano: 2000
Produtora: Activision, Crawfish Int.

A Activision também quis sua fatia de briga de mutantes. Lançou em 2000 games de luta, e o Game Boy Color não escapou. Horror para quem quis experimentar.

Um gamezinho mixuruca é o que encontramos. O Game Boy nunca foi conhecido por seus games de luta, mas esse é um daqueles que chuta o balde. Os controles não respondem direito, e são lerdos pra caramba. Praticamente não há diferença prática entre os 9 personagens e os 2 secretos: Tempestade, Magneto, Ciclope, Wolverine, Dentes-de-Sabre, Grouxo, Mística, Gambit, Pyro, Fênix, e Apocalipse. É um dos poucos games do Game Boy Color a usar o cabo para um jogo de dois jogadores. Mas eu não iria querer fazer um amigo passar pelo transtorno de jogar isso.

Pra não dizer que é completamente execrável, os gráficos são lindos. São muito bem animados, e são simples, mas artísticos e atraentes. Ainda assim, esse é um game que poderíamos esquecer. Vai botar os mutantes pra brigar? Bota então numa máquina que suporta um game desses, ou encaixa direito no Game Boy. E fim de papo.

:: X-MEN: MUTANT ACADEMY
Plataforma: Play Station
Ano: 2000
Produtora: Activision, Paradox Dev

Meio como uma parte da promoção do primeiro filme dos X-Men, esse game decidiu jogar mutante vs mutante em 3D. Nessa época, (antes de Soul Calibur) todo game de luta 3D que não começasse com “TEK” e terminasse com “KEN” não era muito bem visto por todo mundo, e nesse caso, todo mundo tinha razão.

Não é um game ruim exatamente. Mas não tem um terço da agilidade e diversão dos games da Capcom. Traz modos diferentes, como o Training, mas não inova. A inteligência artificial é um tanto bleh, de modo que não é um game difícil. Traz também trailer do filme escondido, filminhos em CG, roupas extras, etc.

Os gráficos são bem feitos, com uma animação um pouco “robótica”, mas modelos que honram a origem. O som é “padrão”, com um trabalho de vozes meio bobinho. Novidades nos modos de especial, que trazem formas diferentes de aplicação e execução, finalmente fugindo do “padrão Street Fighter”.

Um game padrão demais, interessante para os fãs. Mas pro resto das pessoas tem um apelo bem nulo.

:: X-MEN: MUTANT WARS
Plataforma: Game Boy Color
Ano: 2000
Produtoras: Activision, Hal Labs

Eis a prova de que muitos não desistem. Embora a Activision poderia tentar desistir de vez em quando. Mais um game para GBC, mas dessa vez, um beat them’all á lá “Final Fight”. Com a diferença que “Final Fight” era legal.

Simples e direto, você só tem que conduzir Wolverine, Ciclope, Gambit, Tempestade ou Homem de Gelo (que você troca com o botão Select) até o final das fases e matar o chefão. Cada um tem seu próprio HP, o que faz a verdadeira dificuldade do jogo ser morrer.

Gráficos muito legais, um sonzinho “que serve”, mas para por aí. O game é fácil e curto, e você esquece dele rápido como você esquece do enredo de qualquer Tetris. Bem pífio mesmo.

:: X-MEN: WOLVERINE’S RAGE
Plataforma: Game Boy Color
Ano: 2001
Produtora: Activision, Digital Eclipse

Mais um game solo do Wolverine! Eeeba! Mais um da Activision pro GBC! Viva! Outro que é interessante como um tratamento de canal! (E segundo o Kaickul, igual ao “Código Da Vinci”).

Lady Letal quer liqueficar o Adamantium do Wolverine. Só cabe ao nosso herói passar por 13 curtas fases, pulando por tudo quanto é lado (sim, pulando bastante mesmo), enfrentando inimigos repetitivos, chefes repetitivos, desafios repetitivos. A qualidade final do game é repetitiva também, uma reprise dos anteriores pro GBC da Activision. Mesmo com cenários com várias coisas pra se quebrar, o que aumenta o realismo, e um sonzinho digitalizado, permite que você aprecie umas novidades pro GBC, você ainda não vai querer jogar esse jogo.

Garras de Adamantium, pulos (muitos pulos), cura mutante… Uma diversão estagnada. Logan não salva um jogo só por aparecer nele. Não mesmo.

:: X-MEN: MUTANT ACADEMY 2
Plataforma: Play Station
Ano: 2001
Produtora: Activision, Paradox Dev

E não é que a segunda investida dos mutantes no reino das lutes tridimensionais ficou bem legal? Não é um “Soul Calibur”, ou um “Tekken”, mas diverte bastante.

O game agora conta com mais personagens, incluindo a visita do amigo da vizinhança, o Homem-Aranha, um dos dois personagens secretos (o outro é o enorme Fanático). Novas arenas, golpes e um novo modo de usar o modo de golpes especiais também são novidades da segunda versão. Agora, as três barras de especial, presentes no game anterior também, podem ter seus poderes transferidos de uma a outra. Cada barra ativa poderes diferentes do mutante, pronto para sentar o pau no oponente, seja com raios ópticos ou com um belo chute no traseiro.

Com exceção de alguns poucos personagens (entre eles o Fanático), todos os personagens estão tremendamente bem animados e modelados, e os gráficos são uma das características que fazem o game.

Não se pode dizer o mesmo do som. As músicas parecem meio sem propósito, e o som não anima muito. Mesmo com um pequeno, porém interessante trabalho de vozes (as vozes, não os “rosnados”), o som do jogo não se salva.

Enfim, a Activision consegue fazer um game muito legal com a mutantada quando se esforça, né!

:: X-MEN: REIGN OF APOCALYPSE
Plataforma: Game Boy Advance
Ano: 2001
Produtoras: Activision, Digital Eclipse

Mas esses mutantes não deixam o pobre Apocalipse em paz! Eles tinham ido dar um passeio no mundinho do Mojo, e na volta, pararam numa dimensão alternativa, onde o Apoc é rei. E começaram a bater nos caras que apareciam!

Beat them all de qualidade no Game Boy Advance. É, alguém fez uma limpeza na seção de portáteis da Activision! É simplezão, linear como uma reta, mas diverte. Fases com personagens da saga dos mutantes, gráficos e “locações” artisticamente, além de boas, muito fiéis ao material de origem.

Pode ser um tanto “já vi isso antes”, especialmente pra quem conhece “Final Fight”? Pode. Mas nem todo mundo reclama de uma nova roupagem (ainda mais quando essa roupagem vem com… Adamantium…) para um clássico… né?

Ainda mais com um modo para 2 players que realmente funciona (e até ajuda na hora de passar de fases), o game usa bem calmamente a potência do GBA, e o que temos é um game curto, não tão grosso, mas satisfatório.

:: X-MEN: NEXT DIMENSION
Plataformas: Play Station 2, Xbox, Game Cube
Ano: 2002
Produtoras: Activision, Paradox Dev

Mais um jogo de luta 3D, dessa vez mergulhando em outra nova geração. O que quer dizer maiores cenários, personagens mais detalhados, mais personagens…

E é mais ou menos isso mesmo. Os cenários estão mais bem acabados, e são interativos agora. Há uma grande variedade de personagens (24 deles!), embora a caracterização não seja das melhores. Os gráficos não são, como de se esperar, o melhor da geração. Trazem efeitos interessantes de luz, mas de resto estão na média da época.

O modo de jogar lembra demais os da era Capcom, o que faz você sentir um pouco a falta de controles responsivos, jogabilidade ligeiramente mais profunda e uma imersão nas personalidades e no carisma dos personagens, fazer você ver que realmente quem está na tela é aquele mutante que você tanto gosta. A velocidade do game incomoda. Por exemplo, Wolverine deveria ser rápido. Mas não é. Nem o Fera. Nem ninguém. É todo mundo com aquela lerdeza de 3D, perdendo completamente a agilidade que a boa era 2D tinha.

O game conta com a participação do Patrick “Picard” Stewart, ator que interpreta o Prof. Xavier nos filmes dos X-Men nas horas vagas. Mas não adianta você jogar um pedaço de Hollywood tentando esconder uns buraquinhos de produção. O resto do som é, como o jogo por inteiro, medíocre. O suficiente pra você não usar o CD como frisbee, mas só isso mesmo.

:: X2: WOLVERINE’S REVENGE
Plataformas: Play Station 2, Xbox, Game Cube, PC
Ano: 2003
Produtoras: Activision, Gene Pool

Ai ai ai. Projeto solo, adivinha de quem? Um game bem xoxo, caroneiro do segundo filme, que conta a história de como Wolverine descobre, após alguns flashbacks da época do Arma X, que tem que retirar um vírus do seu corpo em 48 horas, ou morrer. Aparições de gente importante, (Magneto, Xavier, etc), uma missão interessante, mas…

Bem, primeiro que é só você bater nos caras, abrir portas, apertar botões, etc. Você tem dois modos: um é o normal, e o outro é um modo tipo “stealth”, em que você se esconde mais facilmente, fica quase imperceptível e pode matar oponentes pegando-os de surpresa (hmmm… Lembra Manhunt…). Tem “quick kill” no outro modo também, quando você enfrenta vários capangas ao mesmo tempo. Simplesmente Wolverine pulando pra lá e pra cá, fazendo presunto dos inimigos.

Muitos bugs gráficos arruínam o que parecia ser um visual simples, porém polido e bem animado. O pior ainda está no som. Mesmo com a presença de Mark Hamill (o filho do Anakin Skywalker) e ainda Patrick Stewart, Anna Paquin e Kelly Hu (as duas últimas interpretando Vampira e Lady Letal, respectivamente), o trabalho de vozes se torna horrivelmente repetitivo na hora do in-game, com os mesmos rosnados do começo ao fim do game, sem falar dos inimigos, que mesmo sendo vários, sempre tem o mesmo a dizer.

A distinta sombra de um game apressado. Correr para sair com o filme né! Vão fazer um game, FAÇAM DIREITO!

:: X-MEN 2: BATTLE
Plataformas: Telefones Celulares
Ano: 2003
Produtoras: Mforma, TKO Software

Até nos celulares os X-Men atacaram! Um gamezinho simples (Como diria TIM Maia, é CLARO! Há! Vai, me joguem na fogueira) de luta, com gráficos muito legais (acho impressionante esses games de celular, os gráficos ficam cada vez melhores), mas uma jogabilidade meio… Uh… Difícil. Não acho que “controle” de celular seja algo realmente magnífico, mas pode ser que celulares não sejam lá a melhor plataforma para um game de luta.

Você controla Wolverine, Tempestade e Noturno, tentando impedir os planos maléficos de dominação da mente de Stryker. Movimentos bacanas no tempo certo, gráficos coloridos, um joguinho legal pra passar o tempo.

:: X-MEN LEGENDS
Plataformas: Play Station 2, X-Box, Game Cube, N-Gage
Ano: 2004
Produtora: Activision, Raven Software

RPG com mutantes! Nham, apetitosa idéia. Um Role-Playing Action Game que conta a história de Magma, uma mutante jovem que está sendo disputada pela escolinha do Professor Xavier, e pela concorrência, os capangas do Magneto. Você joga com times que monta, e sai por aí, no melhor estilo “Baldur’s Gate”, com direito a level e skills, e como nos RPGs normais, não vai ficar só batendo em rufiões, vai também atrás de algumas missões, salvar alguém, explodir alguma coisa.

Visual bem legal, com a arte lembrando bastante a fase Ultimate dos quadrinhos. Personagens em Cel-shade, com o cenário em polígonos normais é um belo toque, que destaca os personagens bastante, e faz você lembrar de desenhos animados. O som deixa um gostinho de “quero mais”, ainda mais com os diálogos gravados só para personagens chave. De resto, ta bem legal.

As missões do jogo variam em duração e dificuldade, mas quando você não está atazanando o pobre Magneto, você pode controlar Magma e explorar a mansão Xavier atrás de coisas para destrancar, bônus especiais, artwork, etc.

Talvez um pouco mais fácil do que o esperado, a primeira investida dos mutantes no mundo do RPG foi um sucesso, e traz bastante diversão. Além de uma história intrigante, que você ia querer ver até o final.

:: MARVEL NEMESIS: RISE OF THE IMPERFECTS
Plataformas: Play Station 2, Xbox, Game Cube, PSP, Nintendo DS
Ano: 2005
Produtoras: EA Games, EA Canada, Nihilistic

Imperfeito de fato. Um game de beat them all 3d, em que os heróis da Marvel lutam contra um alien que clonou 6 máquinas de destruição, em lutas mano a mano. Tem alguns bugs, tem uns cenários meio pobres, mas tem gráficos legais, muita coisa pra destrancar…

Os gráficos são bonitos, polidos, bem animados, o som não é de todo mal. Os controles tem um botão para ataque, (que forma “combos de um botão”) um para especiais, um para controle de atividades extras (vôo da Tempestade, por exemplo).

O game traz momentos muito interessantes, exatamente as batalhas contra os seis “Imperfeitos”. Mas esses momentos estão espalhados no meio de um monte de níveizinhos ridículos, de ficar batendo no botão de ataque sem parar, ou jogar algum dos exageradamente numerosos objetos explosivos nos inimigos.

Tem muita coisa pra você destravar, como mencionado. Vários bônus, que talvez você nunca consiga ver, porque precisa passar pelo game inteiro. Num determinado momento você pode pensar que não vale a pena. As fases são cansativas, e o apelo visual do game não ganha da chatisse que o game é como um todo. Há maneiras melhores de fazer isso, e esse game perdeu uma boa oportunidade com falta de criatividade.

:: X-MEN LEGENDS 2: RISE OF APOCALYPSE
Plataformas: Play Station 2, PC, PSP, Xbox, Mobile, N-Gage, Game Cube
Ano: 2005
Produtoras: Activision, Raven Software

Ih, o Apocalipse acordou. Acordou, destruiu Genosha, raptou o Mercúrio, o que deixou o Magneto muito fulo, o bastante pra dar uma trégua na briga com Xavier e partir pra cima do mutante mais poderoso do mundo.

Já entendeu né? É uma versão melhorada do RPG de sucesso, e agora você ainda pode controlar membros da Irmandade dos Mutantes! A ausência da personagem “meio que principal” do game anterior nem vai incomodar. Tem personagens demais para você jogar, e eles certamente vão te satisfazer.

Você ainda joga com 4 personagens, mas pode muda-los a vontade. Muitos puzzles necessitam das habilidades únicas de algum mutante específico. Continua a questão “Level/Skill”, sendo a maioria dessas skills novos combos, novos ataques especiais, afinal, é um RPG de ação.

Os gráficos estão a mesma coisa do anterior, com uma variedade maior de cenários. O som está numa qualidade boa, com vozes bacanas (porém não todas), num elenco liderado por ele mesmo, Patrick Stewart, novamente interpretando o Prof. Xavier.

O Game consegue atrair fãs e não fãs. Traz uma história muito bacana, embora não inove em praticamente nada, a não ser os novos personagens. Enfim, é um jogo memorável, e uma boa pedida para joga inclusive com um colega controlando outro membro do grupo. Se é legal com um mutante, imagine com dois!

E é isso. Os games dos X-Men. Realmente, uma história fascinante que nos conduz através do entretenimento eletrônico. Cobriram quase todos os estilos, plataformas, personagens, sagas dos quadrinhos. Alguns são muito bons, outros muito ruins. Uns são aulas de como adaptar uma história das HQs para os games. Outras são demonstrações de que alguns produtores deveriam ler mais quadrinhos. Mas, no geral, é uma coleção muito divertida, games que cumprem sua missão: entreter, e fazer com que lembremos que os quadrinhos são eternos, mesmo em cartucho. Sentiu saudade de algum? Pegue um emulador por aí, busque aquele CD perdido, baixe no celular. Se informe! Nessas férias, no meio de códigos, pés de coelho e gente vestindo collant azul, tenho a impressão que muita gente vai respirar, dormir, comer e assistir X-Men.


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