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Artigo adicionado em 23/05/2006, às 02:39

X-MEN – O CONFRONTO FINAL: melhor do que o primeiro, pior do que o segundo
É divertidinho… e só. E isso é bem ruim pra um filme dos mutantes… :: ESPECIAL X-MEN 3: volte à página principal AVISO 1: Não levante de sua poltrona quando os créditos começarem a rolar. Há mais uma cena, bem importante, quando os créditos acabam. AVISO 2: Não, não fui muito com a cara de […]

Por
Emílio "Elfo" Baraçal


:: ESPECIAL X-MEN 3: volte à página principal

AVISO 1: Não levante de sua poltrona quando os créditos começarem a rolar. Há mais uma cena, bem importante, quando os créditos acabam.

AVISO 2: Não, não fui muito com a cara de X-Men 3. Já aviso isso logo de começo. Ei, não me culpe por estar sendo extremamente sincero com você. Se você ir e gostar… ok! Afinal, cada um tem seu gosto, mas na minha humilde opinião, me senti decepcionado. Assista por sua própria conta e risco.

AVISO 3 (afinal, é o terceiro filme): Ao invés de seguir o esquema tradicional de uma crítica de cinema padrão, nós resolvemos contemplar as dúvidas e/ou comentários mais freqüentes postados pelos fãs em diversos sites e fóruns, brasileiros ou gringos, a respeito de “X-Men 3” – muitos meses antes da estréia.

:: “Do que trata a história, afinal? Ainda não entendi…”
Vou partir do princípio de que você já assistiu os outros filmes ou é leitor de quadrinhos, então vou pular a parte de quem são os X-Men, ok? Vamos lá: uma empresa farmacêutica que possui contrato com o governo dos EUA desenvolveu um agente químico que inibe o gene mutante. Trocando em miúdos, é uma “cura” para a mutação. Imediatamente, o governo acaba fazendo uso de tal material de forma livre, ou seja, cada mutante individualmente escolhe se quer ser curado ou não. Entretanto, a existência de tal composto enfurece Magneto (na pele de Sir Ian McKellen, mais uma vez engolindo qualquer um em cena), que junta um exército pra invadir o local de desenvolvimento da droga e simplesmente dizimar o que encontrar pela frente. Já os X-Men acreditam que a destruição de tal cura pode ser feita diplomaticamente, através de reuniões com os políticos. É aí que entra o Fera (com o ator Kelsey Grammer dando vida ao personagem. Note os olhos dele durante a interpretação), o “secretário para assuntos mutantes”, que tenta ajudar os X-Men a resolver isso de forma pacífica. Paralelamente, o grupo acaba tendo que lidar também com a volta de Jean Grey (a maravilhosa Famke Janssem, assustadora), que tinha “morrido” no longa anterior. Porém, agora, devido a fatores complicadíssimos (explicações que não quero estragar pra quem quer ver a coisa toda), ela desenvolveu uma dupla personalidade. Sua segunda personalidade se auto-intitula “Fênix” e é a forma dela se libertar de qualquer controle, deixando seus poderes praticamente atingindo o nível de Deus (sim, não tô brincando). Conforme a coisa vai indo, os X-Men e o governo descobrem o plano de Magneto e tentam detê-lo. De um lado os X-Men e os mutantes que não querem ser curados. Do outro, Magneto e sua Irmandade de Mutantes, que abomina o conceito de cura. Simples assim.

:: “Como vai ficar o roteiro de Simon Kinberg e Zak Penn?”
Como posso dizer? Olha… o esquema ficou da seguinte forma: “Bem, temos uma cura, de que lado você vai ficar?”. E os lados se formam, acontece um combate e… fim. Há coisas legais, de cair o queixo? Sim, há, mas são pequenas coisas, isoladas – e, que se você olhar a película como um todo, em uma aspecto geral, é um pouco decepcionante.

:: “Misturar a saga da Fênix com um pouco do material recente do Joss Whedon… Que escroto isso! Deixem só a Fênix e tá bom, não dá pra trabalhar com tanta trama paralela!”
Tanto é que a “Saga da Fênix” é meio que segundo plano diante da idéia toda do longa. Ela só ganha realmente importância, pra valer mesmo, no final. De resto, o que pega mesmo é o lance da cura. Magneto quer usar a Fênix com ferramenta pra acabar com a cura. É isso.

:: “Vai ser melhor do que X-Men 1 e X-Men 2?”
Deixa eu resumir… X1 nota 6,0. X2 nota 10,0. X3 nota 7,5. Já dá pra ter uma idéia?

:: “E a direção do Brett Ratner, hein? Duvido que ele consiga ser melhor do que o Bryan Singer…”
Sim e não. Se levar em consideração que é melhor que o primeiro e não chega aos pés do segundo, o filme tá na média. As cenas de ação são embasbacantes, há uma leve dose de humor, os atores estão muito bem, os efeitos especiais são espetaculares, mas pecou aonde não podia pecar, que é o roteiro. Roteiro, na minha opinião, é o principal de um filme. Primeiro o roteiro, depois a direção (afinal, uma produção é finalizada de acordo com a visão do diretor responsável), em seguida os atores e só depois, bem depois, os efeitos especiais. Tais efeitos são uma ferramenta para contar uma história e não o grande charme de um filme. Dependendo do projeto, há pouco ou muito efeito especial. Dependendo da temática de um longa, ele pede isso… ou não. X-Men 3 acaba sofrendo do mal de Star Wars – Episódio I: A Ameaça Fantasma. Ou seja, história nenhuma com trocentos milhões de efeitos pra se encher os olhos. A diferença básica entre os dois é que o Ratner é muito mais diretor do que o George Lucas.

:: “Nossa, mas tem personagens demais neste filme, não é? Vai ser uma confusão!”
Até não é confusão. É mais uma espécie de mal aproveitamento. É tanto personagem que a grande maioria recebeu pouquíssimo destaque. Esqueça uma participação maior do Colossus além do “arremesso especial”. Esqueça o Anjo (o tal Ben Foster é um ótimo ator, sendo o problema,de roteiro). Ele praticamente não faz nada, sério mesmo. O único dos mutantes novos que ganhou grande destaque mesmo foi o Fera, com direito à antiga e esquecida expressão “Ai, minha santa Aquerupita!” e tudo mais. De resto, tu pode esquecer. Só vou contar um exemplo pra não estragar sua surpresa (mesmo porque o que vou contar não é spoiler nenhum): sabe a cena do trailer em que o Fanático (vá assistir a Snatch – Porcos e Diamantes se quiser ver realmente Vinnie Jones em plena forma) está correndo atrás da Kitty Pryde (muito boa a tal Ellen Page, aliás)? Então… em um dado momento do filme, ocorre o seguinte diálogo:

Pyro: Este é especial. Quando em ação, nada o detém. NADA!
Magneto: Qual o nome dele?
Pyro: Fanático.
Magneto: Vamos soltá-lo.

Voltamos à cena da perseguição. Fanático correndo. Kitty fugindo. Ela prende ele no chão. Ele se solta e continua correndo e quebrando paredes como se elas não existissem. Aí, de repente… TIM! (som de metal). O Fanático bateu contra uma parede de metal, caiu e desmaiou. E o filme continua…. e cadê ele? E o filme acaba e… cadê ele? Os créditos acabam e… cadê ele? Aparece a cena extra após os créditos e… cadê ele? A participação do Fanático resume-se nisso. Ele é detido… por uma parede. Ok, pode ser uma parede de adamantium (o metal indestrutível do universo Marvel), mas isso não é especificado e mesmo que seja isso mesmo… o cara não acordou? Um brutamontes daquele, com todo aquele poder e ele não acordou??? Agora pense que o resto dos personagens são tão mal aproveitados quanto o Fanático. Na verdade, até há um bom momento com o Fanático. É quando ele começa a brincar de peteca com o Wolverine (mais uma vez com a competente interpretação de Hugh Jackman). Pra ser sincero, vamos às típicas listinhas inglesas que todo mundo adora fazer mas todos insistem em falar que odeiam:

Personagens muito mal aproveitados:
– Fanático (só está lá pra apanhar da Kitty)
– Homem-Múltiplo (que só serve pra fazer uma coisa, na cena do acampamento)
– Ciclope (sim, El Cid, você como fã do zoiudo assim como eu vai odiar como tratam ele)
– Arco Voltaico (ok… próximo!)
– Anjo (seu pai desenvolveu a cura. E é isso)
– Vampira (ela praticamente não existe no filme e o Fanboy vai ter um treco com isso)
– Dra. Kavita Rao (qualquer médica poderia estar no lugar dela. Não fede e nem cheira)
– Bolivar Trask (pra quê estar lá se não há Sentinelas? Ei, não se deixe enganar pelo trailer!)
– Colossus (“Voa, baixinho!”)
– Psylocke (“Do pó viestes e ao pó retornarás”)

Personagens mais ou menos aproveitados:
– Fera (um dos grandes acertos do filme. Poderia ter mais destaque)
– Lince Negra (valiosíssima em campo de batalha e ainda há um affair com o Homem de Gelo)
– Homem de Gelo (bem melhor do que em X2, mas bem que a luta contra o Pyro poderia ser melhor)
– Tempestade (mais durona, mais líder, mais participante, mais grana pra Halle Berry…)
– Callisto (de grande valor para Magneto)
– Jean Grey (é a principal trama paralela, mas poderiam ter desenvolvido muito mais o potencial dela)
– Pyro (ele e Magneto fazem uma dupla de enorme respeito)
– Mística (Vou procurar não irritar mais as mulheres, é sério)

Personagens muito bem aproveitados:
– Wolverine (ótima interpretação, boas cenas de ação e boas doses de humor. E está lutando de forma muito mais parecida com as dos quadrinhos e isso é show)
– Magneto (a melhor coisa do longa. De longe, com certeza)

O que dá a impressão é que Ratner e os roteiristas quiseram colocar o maior número de personagens só pra agradar aos fãs. E o tiro saiu pelo culatra devido ao tratamento que tais ícones recebem.

:: “Mas que capatece ridículo este do Fanático, hein?”
Antes fosse só o capacete que tivesse de ridículo nesse filme…

:: “Um romance entre o Wolverine e a Tempestade? Que porcaria!”
Que romance? Não teve romance nenhum entre eles. Teve mais romance no triângulo amoroso Homem de Gelo/Lince Negra/Vampira e com o Wolverine e a Jean do que com o raivoso aí e a tempestuosa. Os boateiros de plantão andaram falando demais.

:: “Depois de Mulher-Gato, a Halle Berry ainda tem coragem de fazer filmes de heróis?”
Tem. Mas nesse ela acerta. A Tempestade dela tem muito mais postura de líder agora do que nos outros longas, assumindo a vice-liderança que era do Ciclope. Ela e Wolverine como mentores dos mutantes do bem estão muito incisivos e direcionados. Inclusive, é a primeira vez que eles se chamam de “X-Men” e agem realmente como um grupo, combinando poderes para causar o melhor resultado possível. Agora sim vemos o grupo lutando como um esquadrão de heróis. Tomara, claro, que a Halle Berry fique só em X-Men mesmo. Tomara que a coragem dela pra filmes de heróis não se estenda a outras produções em que só ela é a estrela.

:: “Mas este filme não foi produzido rápido demais? Isso tá cheirando mal…”
Não só cheira como intoxica. Só pra se ter uma idéia, “X2” tem 133 minutos de projeção. “X3” tem 104 minutos. E são 104 minutos com trocentos personagens ao mesmo tempo. Até Batman, de Tim Burton (e é um personagem só, hein?) tem 126 minutos, ou seja, bem mais do que esta última (será?) empreitada dos mutantes nas telonas. A sensação que me deu é que foi tão rápido, tão rápido que parecia que eu tinha assistido a um bom episódio de uma série de TV.

:: “Só porque colocaram o arremesso especial do Colossus, não quer dizer que vai ser bom…”
Olha, há várias referências legais tiradas dos quadrinhos, não é só o arremesso especial. Por exemplo, em como é “resolvida” a “Saga da Fenix” dos quadrinhos… se você leu, já sabe o que esperar entre Wolverine e Jean Grey. E não pára por aí. Em questão de referência, a película é bem bacana.

:: “Superman Returns vai ser muito melhor!”
HÁ, agora não tenho dúvidas!

:: “Vai valer o meu ingresso?”
Olha… e se eu te disser que fiquei extremamente feliz de não ter pago pra ver o filme? 🙂

:: CURIOSIDADES– “X-Men 3” foi uma verdadeira dança das cadeiras dos diretores. O cineasta dos dois filmes anteriores, Bryan Singer, supostamente dirigiria e co-escreveria esta terceira parte, mas quando recebeu a proposta de assumir a cadeira do problemático Superman Returns, topou na hora e levou consigo a maior parte da equipe de produção: o compositor e editor John Ottman, o diretor de fotografia Newton Thomas Sigel, os roteiristas Mike Dougherty e Dan Harris e o designer de produção Guy Dyas. Em entrevistas, ele afirmou que adoraria voltar para o papel de diretor, mas a 20th Century Fox escolheu seguir em frente sem ele;

– Em seguida, quem assumiu o controle da produção foi Matthew Vaughn, de Nem Tudo É O Que Parece. Apesar de ter tomado o controle do roteiro e do esquema de produção, Vaughn anunciou a sua saída apenas 9 semanas depois, justificando que ficaria distante demais, e por um tempo muito longo, de sua família na Inglaterra. Ironicamente, o mesmo Brett Ratner que já tinha sido o diretor de “Superman Returns” tornou-se o diretor de “X-Men 3”;

– Por sinal, em 2000, Ratner já tinha sido um dos interessados em assumir a direção do primeiro “X-Men”;

Halle Berry tinha inicialmente decidido não voltar ao papel de Tempestade, citando a falta de desenvolvimento da personagem nos filmes anteriores e ainda um relacionamento “tenso” com Bryan Singer. Todavia, com a saída de Singer e o fracasso retumbante de Mulher-Gato, a moça concordou em retornar, contanto que seu papel fosse expandido;

– Para o papel de Anjo, chegaram a fazer testes os atores Jed Bernard (visto apenas em pontas na TV ianque) e Nick Stahl (o Assassino Amarelo de Sin City). Mike Vogel, no entanto, tinha sido escolhido – mas não pôde aceitar por conta de sua agenda de filmagens no remake de O Destino do Poseidon;

– O ator Josh Holloway chegou a receber a proposta para interpretar o cajun Gambit na película, mas recusou por achar que ele seria parecido demais com seu personagem em Lost. Como resultado, o personagem acabou não sendo adicionado ao roteiro, já que se trataria de uma participação especial;

Summer Glau (a River de “Serenity”) também chegou a fazer testes para interpretar Kitty Pryde;

– Para uma das cenas chave, uma réplica de mais de 700 m da ponte Golden Gate foi construída.

X-Men: O Confronto Final (Título Original: X-Men: The Last Stand) / Ano: 2006 / Produção: EUA / Direção: Brett Ratner / Elenco: Hugh Jackman, Ian McKellen, Halle Berry, Patrick Stewart, Aaron Stanford, James Marsden, Famke Janssem, Kelsey Grammer, Vinnie Jones, Ben Foster, Ellen Page, Daniel Cudmore, Anna Paquin, Rebecca Romijin, Shawn Ashmore, Bill Duke / Roteiro: Simon Kinberg e Zak Penn / Música: John Powell


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