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Artigo adicionado em 13/07/2006, às 11:39

JOHNNY DEPP
Talentoso. Pirado. Bonitão. E ainda por cima é músico. (Moças, contenham-se). “Tracey [a agente de Depp] tem limpado muitas barras ao longo dos anos. Ela tem chefes e superiores, e toda vez que eu me meto em outro projeto estranho, eles começam ‘Jesus Cristo! Quando esse cara vai fazer um filme em que ele beija […]

Por
Francine "Sra. Ni" Guilen


Tracey [a agente de Depp] tem limpado muitas barras ao longo dos anos. Ela tem chefes e superiores, e toda vez que eu me meto em outro projeto estranho, eles começam ‘Jesus Cristo! Quando esse cara vai fazer um filme em que ele beija a mocinha? Quando ele vai sacar uma arma e atirar em alguém? Quando ele vai ser um HOMEM, só pra variar um pouco? Quando é que, afinal, ele vai fazer um blockbuster?'” (Johnny Depp em uma entrevista para a revista Time em março de 2004)

As perguntas desses tais superiores da agente de Johnny Depp têm até razão de ser, já que escolher um papel padrão e “bonitinho” é a última coisa que ele quer na vida. Mas seus temores são injustificados. Afinal, por menos rentáveis que pareçam os projetos de que Depp participa, a verdade é que ele sempre se esforça ao máximo e invariavelmente manda muito bem, além de, às vezes sozinho, conseguir salvar um filme que cairia nos mares do esquecimento se tivesse qualquer outro ator como protagonista. E a resposta às indagações do primeiro parágrafo é simples: “quando Johnny Depp vai fazer um blockbuster em que no final ele termina beijando a mocinha”? Esperamos que NUNCA. =D Pois John Christopher Depp II nasceu para ser um ator totalmente versátil e um dos poucos rostinhos bonitos de Hollywood que não tem medo de escolher projetos dos mais esquisitos e diferentes possíveis. Pelo contrário, ele prefere esses papéis bizarros. Taí um ator que não vendeu sua alma a Hollywood, mas felizmente também não vendeu a alma aos diretores metidos a cults que o Zarko tanto ama. Não, não. Senhor Johnny Depp tem é noção do que é diferente, mas nem por isso precisa ser intelectualizado ou levado tão a sério. Não à toa, é um dos maiores queridinhos do Tim Burton, aquele diretor metido a esquisitão que eu tanto amo.

Ironicamente, este que é facilmente considerado um dos melhores atores da atualidade (apesar de não ter ganhado muitos prêmios até agora), sequer pensava em ser ator, e só se dedicou à carreira, no início, por necessidades financeiras. Antes, ele era apenas mais um jovem perdido tentando se achar no mundo da música e das drogas.

:: DEPPITY DAWG

“Eu parei de fumar. Parei de vez. Depois de todos esses anos, eu finalmente me toquei. É realmente sem sentido.” (em entrevista em 2004)

Depp – ou, como era conhecido quando criança, Dipp ou Deppity Dawg – nasceu em Owensboro, Kentucky, no dia 9 de junho de 1963, filho de John e Betty (ele, engenheiro, ela garçonete), e irmão de mais três crianças: Debbie, Christie e Danny. Os traços de nosso querido Depp provêm do sangue irlandês, alemão, francês, e, na maior parte, Cherokee (índios norte-americanos) da família. Quando criança, ele era bem ligado à sua mãe e especialmente ao seu avô, que também era conhecido como PawPaw, e com quem saía para colher folhas de tabaco quando ia visitá-lo. Ao completar sete aninhos de idade, Johnny sofreu um dos seus primeiros traumas: a morte do avô, seguida pela mudança da família, de Kentucky para o estado da Flórida.

A partir de então, a família Depp passou a se mudar constantemente, vivendo em hotéis em diferentes cidades do país (foram doze no total), o que prejudicou as crianças e seus estudos. E Johnny Depp, que apesar de ter sido uma criança inteligente, sentiu esses efeitos mais do que qualquer outro: logo cedo desencanou da escola, e aos 12 anos começou a beber e usar drogas. Antes de desistir de vez dos estudos, no Ensino Médio, o futuro Jack Sparrow conseguiu ser expulso de uma escola por ter mostrado o traseiro (hahaha) ao professor de ginástica. Depois de ter abandonado os estudos, Depp se envolveu em alguns furtos e atos de vandalismo, embora não tenha sido nada tão grave. Logo, o menino se dedicou a uma de suas maiores paixões: a música.

:: CARREIRA MUSICAL

“Eu não quero ter 85 anos e ver meus netos dizerem ‘Ewwww. O vovô fez uma merda imbecil’. Eu prefiro que eles digam ‘Uau, cara, você é insano!'”

Desde novinho, ainda em Owensboro, Johnny ajudava seu tio – que era pastor – nos serviços da igreja, e ficava encantado com o coro gospel. Então, aos 13 anos, enquanto libertava suas revoltas pré-adolescentes, ele recebeu um violão de presente da mãe e, trancafiado em seu quarto, aprendeu a tocar sozinho. Assim começou sua carreira como músico, procurando várias bandas de garagem, e por fim se juntando à The Flame, que mais tarde se chamaria The Kids. Com eles, o novo tocador de violão passou a faturar uns 25 dólares por noite em bares e afins. O mais engraçado é que, por ser “de menor”, Johnny Depp não podia entrar na maioria deles: sua estratégia era entrar pela porta dos fundos e se retirar logo depois da primeira música. Com o tempo, o sucesso foi chegando, e “The Kids” certa vez, chegou a ser a banda de abertura em um show do Iggy Pop. Nos bastidores desse show, as palavras de Depp para Pop foram: “Fuck you, fuck you, fuck you!!!”. Isso, segundo ele, era bem “punk” para a sua jovem e perturbada cabeça da época. =D A resposta do músico não poderia ter sido outra: chamou o menino de algo como “cocôzinho” e o ignorou sumariamente.

Sonhando em se tornar um músico de verdade, aos 16 anos, logo depois do divórcio de seus pais, Johnny Depp largou a escola, e, junto com a banda, se mudou para Los Angeles, aspirando algo maior. Em 1983, se casou com Lori Anne Allison, que era irmã do baixista da banda, e trabalhava com maquiagem para cinema. A partir de então começaram a surgir atritos entre os membros da banda, e aos poucos ia acabando uma das poucas fontes de renda de Depp. Para ter uma idéia, enquanto tocava, ele fazia alguns bicos para garantir dinheiro, tendo uma época se dedicado ao divertido trabalho de vender canetas por telefone. Vendo que o sonho de seu marido de gravar um disco estava prestes a não se realizar, sua então esposa o apresentou ao ator Nicolas Cage, que o incentivou a tentar a carreira de ator. Daí em diante é que começa a parte divertida da história.

:: JOHNNY DEPP, O ATOR

“Eu gosto de não saber o que está se passando lá fora – quem está fazendo o que, como eles se saíram, quanto ganharam nas bilheterias. Mesmo quando eu estou me matando em Hollywood, eu brinco de Barbie e saio com as crianças”.

Por incrível que pareça, Johnny Depp não se empolgou muito com a idéia de ser ator, e só depois de muita insistência de Nicolas Cage resolveu aceitar seu conselho e ter uma conversa com Ilene Feldman, sua agente. Seu primeiro teste foi para um filme de Wes Craven, A Hora do Pesadelo. Já percebendo o talento desse novo ator, a filha de Craven, que estava cuidando do elenco, o escalou para o pequeno papel de um moço devorado por uma cama assassina. É, logo de cara seu primeiro trabalho já seria bizarro. ^_^ Mesmo depois dessa digna estréia, Depp ainda não se convenceu de que seu destino deveria estar nas telas. Em 1985 se divorciou de Allison, e ainda acreditava que “The Kids” poderia dar certo. Não demorou muito pra ele perceber que não ia dar certo, e a banda por fim se desfez. Desconsolado, Johnny Depp se conformou e decidiu continuar a tentar a área de atuação. A gente é que agradece =D.

Ele apareceu na comédia Férias do Barulho e logo depois decidiu estudar artes cênicas em uma escola de Los Angeles. Assim, participou de Platoon para pagar suas dívidas, e ficou um bom tempo fora de trabalhos importantes, participando apenas de algumas pontinhas na televisão, enquanto tocava junto a outra banda, chamada Rock City Angels. Ainda achando que seu futuro não era nas telas, Depp recusou a princípio a oferta da Fox para um papel decente na série 21, Jump Street (conhecida por aqui como “Anjos da Lei”), e só aceitou o trabalho depois de muita insistência dos produtores, porque achava que no fim das contas a série não duraria muito e porque, na verdade, precisava de grana novamente. E lá foi ele, viver o jovem policial Tom Hanson, o personagem mais famoso da série, que lutava contra o crime, nas escolas, disfarçado, junto com outros moçoilos. Era o ano de 1987.

Porém, Johnny Depp muito se enganou a respeito da duração da série. Ela não só durou mais do que suas previsões, mas também, pesadelo dos pesadelos, o alçou a um tipo de fama que ele abominou logo de cara: a fama de bom mocinho e de ídolo adolescente das menininhas. O ator virou um fenômeno teen que recebia cerca de 10 mil cartas por mês. E isso, para ele, apesar dos rechonchudos 45 mil dólares recebidos por episódio, não era nada legal. No desespero para sair dessa imagem platonizada, Johnny decidiu apelar para um projeto que lhe parecia esquisito: o musical Cry Baby. Logo em seguida, no mesmo ano de 1990, apareceu a salvação. E ela atendia pelo nome de Tim Burton.

:: PÓS-TIM BURTON

“Tim Burton me salvou de ser um perdedor, um excluído, de ser só mais um dispensável pedaço de carne hollywoodiano”.

A chance de ouro da vida de Depp acabava de chegar, no papel principal do filme Edward Mãos de Tesoura. A partir de então, sua carreira deslanchou de vez. Só em 1993, ele foi o protagonista de três comédias dramáticas: Um Sonho Americano, Aprendiz de Sonhador e Benny e Joon – Corações em Conflito. No ano seguinte, se juntou novamente a Burton para viver o pior diretor do mundo, em outra comédia dramática (que seria sua especialidade), Ed Wood, em 1994.

Então foi só partir para o abraço. O cara que não pensava em ser ator acabou virando um dos mais bem sucedidos de Hollywood atualmente, e consegue manter a bizarrice inerente a seu ser em 99 por cento de seus papéis. Para vivê-los, Depp não dispensa pesquisas de campo, e procura sempre entender a fundo seus personagens para vivê-los. Seu maior talento é mesmo para comédias dramáticas e papéis de sujeitos pirados, mas ele assume tranqüilamente papéis dos mais diversos possíveis. A crítica e o público finalmente aplaudiram de pé e tiveram a oportunidade de admitir seu talento no que para muitos foi o papel definitivo do cidadão, quando ele estreou Piratas do Caribe e praticamente fez o filme sozinho.

Falar detalhadamente dos próximos 32 trabalhos de Johnny Depp seria loucura, e uma sucessão de elogios que só mesmo os fãs mais hardcore dele – que não são poucos, mas enfim – iriam suportar. Então, se quiser saber mais, dê uma olhada na filmografia do moço aí embaixo:

:: 2006 :: revivendo o Capitão Jack Sparrow em Piratas do Caribe 2- O Baú da Morte
:: 2005 :: Victor von Dort em A Noiva Cadáver, linda animação em stop motion de Tim Burton
:: 2005 :: o pirado Willy Wonka em A Fantástica Fábrica de Chocolate
:: 2004 :: L’inconnu em Ils se marièret et eurent beaucoup d’enfants
:: 2004 :: o perturbado Mort Rainey na adaptação de Stephen King Janela secreta
:: 2004 :: o autor de Peter Pan no fantástico Em busca da Terra do Nunca
:: 2003 :: Jack Sparrow, dispensando apresentações em Piratas do Caribe – A maldição do Pérola Negra
:: 2003 :: Sands, em Era uma vez no México
:: 2001 :: George Jung, em Profissão de risco
:: 2001 :: o inspetor Frederick Abberline em Do Inferno
:: 2000 :: Roux, em Chocolate
:: 2000 :: Cesar, em Porque Choram os Homens
:: 2000 :: Victor, em Antes do Anoitecer
:: 1999 :: Ichabod Crane, no esquisito A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça
:: 1999 :: Comandante Spencer Armacost, em Enigma do Espaço
:: 1999 :: Dean Corso, em O Último Portal
:: 1998 :: Raoul Duke, no Terry Gillianesco Medo e Delírio
:: 1997 :: Donnie Brasco, no homônimo Donnie Brasco
:: 1995 :: Gene Watson, em Tempo Esgotado
:: 1995 :: William Blake, em Dead Man
:: 1995 :: o próprio Don Juan, em Don Juan deMarco
:: 1994 :: o pior diretor do mundo, em Ed Wood
:: 1993 :: Gilbert Grape, em Aprendiz de Sonhador
:: 1993 :: Sam, em Benny & Joon – Corações em conflito
:: 1993 :: Axel Blackmar, em Arizona Dream – Um sonho Americano
:: 1990 :: Edward, em Edward Mãos de Tesoura
:: 1990 :: Wade “Cry-Baby” Walker, em Cry-Baby
:: 1986 :: Gator Lerner, em Platoon
:: 1984 :: “Namorado que é engolido pela cama” em A hora do pesadelo

:: VIDA PESSOAL

“Mais que tudo, eu gosto de estar com a minha família. Eu sou totalmente caseiro, só saio com meus filhos”.

Johnny Depp se envolveu com muitos rostinhos famosos: primeiramente foi casado com a responsável por sua estréia como ator, a maquiadora Lori Anne Allison, de quem se separou em 85. Sua próxima vítima foi a estrela de Twin Peaks (Sherilyn Fenn), caso que durou até 88. Um grande amor de Depp foi Winona Ryder, que era sua noiva durante as filmagens de “Edward Mãos de Tesoura”, e quem ele conheceu na festa de estréia do Great Balls of Fire. Porém, depois dela, se seguiram outras moçoilas, como a feiosa Jennifer Grey (Dirty Dancing) e a modelo Kate Moss.

Depois de ter terminado o relacionamento com Kate, em 1998, durante as filmagens de “O Último Portal”, Depp conheceu a cantora francesa Vanessa Paradis. Logo mais os dois se casaram, se mudaram para o Sul da França e juntos tiveram um casal de filhos: Lily-Rose Melody Depp (que nasceu dia 27 de maio de 1999) e Jack John Christopher Depp III (nascido dia 9 de abril de 2002). Para Depp, o nascimento de sua primeira filha foi o começo de uma nova vida, como ele diz em todas as entrevistas. E preservar seus filhos dos paparazzi é um de seus maiores desafios. Atualmente, a família feliz divide seu tempo nas casas que têm na França e em Los Angeles, além da ilha que compraram no Caribe. Ô dó.

:: CURIOSIDADES

– Johnny Depp era dono do clube The Viper Room, onde o ator River Phoenix morreu de overdose em 1993. Em 2004, o ator se livrou do clube.

– No ramo musical, algumas curiosidades: ele tocou baixo na banda P, co-escreveu a música Mary com a banda “Rock City Angels”, tocou na música Fade In-Out do Oasis, violão no filme “Chocolate”, participou da banda Tonto’s Giant Nuts e com eles tocou na trilha sonora do filme “Era uma vez no México”. Porém, ele não é um bom cantor. Ninguém é perfeito.

– Quando faz cameos em cinema e TV, Johnny Depp prefere ser creditado como Oprah Noodlemantra.

– Johnny Depp tem treze tatuagens: entre elas, um Wino Forever (antes era Winona Forever, mas ele resolveu tirar o NA depois que o casal terminou), um Lily-Rose para sua filha, o nome de sua mãe (Betty Sue) e um pardal – tatuagem essa que aparece no “Piratas do Caribe”.

– Para viver o Willy Wonka, ele recebeu nada menos que 18 milhões de dólares.

– Johnny Depp foi cotado para ser o protagonista do bacaninha Velocidade Máxima, mas recusou o papel por perceber que era algo para “mocinhos bonitos”, tarefa que ele preferiu passar para o “sou mocinho bonito mas não sei atuar” Keanu Reeves. Ele recusou, pelo mesmo motivo, os convites para participar de Lendas da Paixão e Entrevista com o Vampiro (papéis que foram assumidos por Brad Pitt e Tom Cruise, respectivamente).

– Johnny Depp coleciona armas, insetos e livros raros.

– Já foi preso em Vancouver por ter brigado em um hotel, já foi acusado de vender drogas no seu clube “The Viper Room”. Em 94, vandalizou um hotel, e em 99 brigou com um paparazzi, quando jantava com sua então namorada, Vanessa.

– Ele já brigou também com paparazzis que tentavam tirar fotos de seus filhos. Depp já disse em uma entrevista que os próximos que ele pegasse tentando fazer isso “teriam seu nariz mordido e cuspido por ele”.

– É dono de uma mansão em Hollywood que já pertenceu ao ator Bela Lugosi.

– É dono do bar Man Ray, junto com Sean Penn e Mick Hucknall.

– Já dirigiu vários videos para sua esposa cantora.

– Tem uma produtora, fundada em 2004, chamada Infinitum Nihil.

– Sua irmã Christie é sua assistente pessoal e seu irmão Danny é roteirista.

– Depp ia participar do projeto de Terry Gilliam chamado The Man Who Killed Don Quixote, mas que acabou sendo cancelado, embora hajam rumores de que um dia ele há de voltar.


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