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Artigo adicionado em 06/07/2006, às 10:17

OS SEM-FLORESTA: não é a Pixar, mas é pura diversão
O filme é divertido, mas a presença do esquilo Hammy alça a animação a níves estratosféricos :: Trailer: Alta | Média | Baixa :: Leia as tiras em quadrinhos OVER THE HEDGE (em inglês) Assisti Carros novamente há alguns dias, após ter escrito minha crítica aqui n´A ARCA. Gostei ainda mais do filme do que […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


:: Trailer: Alta | Média | Baixa
:: Leia as tiras em quadrinhos OVER THE HEDGE (em inglês)

Assisti Carros novamente há alguns dias, após ter escrito minha crítica aqui n´A ARCA. Gostei ainda mais do filme do que da primeira vez, e isso só confirma uma coisa: sim, a Pixar é gênio. A essência, a magia do que Walt Disney sempre cultivou em seus trabalhos vive no espírito de John Lasseter e sua equipe. O problema é que parece que a Pixar hoje alcançou um patamar tão alto que nenhuma outra produtora consegue sequer chegar perto. E eis então que, nesse clima de “Pixar, cadê você, eu vim aqui só prá te ver”, eu fui ver Os Sem-Floresta, o novo animado da Dreamworks.

Bom… e aí?

Aí que ainda bem que há muitos sabores de sorvete, afinal, o que seria do azul se todos gostassem de amarelo, certo? Mesmo não sendo um animado que quebra barreiras e recria conceitos, “Os Sem-Floresta” é um filme divertidíssimo. Mais uma vez a Dreamworks vai buscar inspiração em uma obra literária – dessa vez, o alvo foram as tiras em quadrinhos Over The Hedge, criada pelos artistas Mike Fry e T. Lewis. No filme, o malandro guaxinim RJ (voz de Bruce Willis) foi pego roubando as guloseimas do urso Vicent, e agora tem apenas sete dias para recuperar toda a comida ou então vai virar o prato do dia. Para isso, ele se aproveita da bondade e da ingenuidade de um grupo de animais, que acaba de descobrir que a floresta na qual viviam acabou de ser loteada por humanos e transformada em um grande condomínio, para saquear a abundante comida nas vistosas lixeiras e até mesmo dentro das casas.

As tiras em quadrinhos apresentam um olhar crítico dos animais silvestres à natureza humana, cheia de defeitos e bizarrices. O filme não tem a mesma veia crítica, mas diverte que é uma beleza. RJ é bem recebido pelo casal de porcos-espinho Lou e Penny (Eugene Levy e Catherine O´Hara) e seus filhotes, pela gambá cheia de atitude Estela (Wanda Sykes), pelo sarigüê que adora se fingir de morto Ozzie (William Shatner) e sua filha Heather (a cantora Avril Lavigne) e pelo amalucado esquilo Hammy (Steve Carrell), mas o chefe do bando, a cuidadosa tartaruga Verne (Gary Shandling), sabe que algo está errado com esse guaxinim e esse mundo dos humanos. Mesmo assim, com a falta de comida iminente, Verne não vê saída a não ser ver até vão os planos de RJ. Para atrapalhar a vida de todos, Gladys (Alison Janney) a neurótica síndica do condomínio, irá chamar um exterminador de animais, o esperto Dwayne (Thomas Haden Church), que irá perseguir os bichinhos implacavelmente, sem falar na sombra do urso Vincent, que irá assombrar RJ e deixar a situação ainda mais complicada.

O filme já seria divertido por si só… se não fosse a presença do esquilo Hammy. Não tive a chance de ouvir a voz original de Carrell, mas o dublador brasileiro Alexandre Moreno faz um trabalho primoroso e consegue dar voz à personalidade hiper-ativa do esquilo. Bom, quem viu Os Incríveis em português pôde ver o trabalho primoroso que ele fez para Síndrome o vilão do filme. A dublagem de todos está espetacular… para contrastar com o trabalho de Preta Gil dublando a gambá Estela. Nem vou voltar ao tema, falando dessa idéia idiota de chamar alguma celebridade pelo único e simples fato de ser celebridade, sem sequer perceber que a pessoa não leva jeito para a coisa ou simplesmente não conhece o ofício. Ainda bem que Estela aparece pouco no filme.

Mas até mesmo essa escorregada não mata em nada a experiência. Vá, levante essa bunda e vá se divertir! Sei que muitos já não aguentam mais animados com bichinhos, mas esse vale a pena.


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