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Artigo adicionado em 17/07/2006, às 11:49

RUNNING WILD: PIRATAS, METAL E UMA GARRAFA DE RUM!
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Por
Thiago "El Cid" Cardim


::: Acesse o site oficial do Running Wild
::: Baixe gratuitamente o tributo ao Running Wild, “Rough Diamond”, com a participação de bandas do mundo inteiro, incluindo as brasileiras Carnica, Faces of Madness e Lord Haunted!
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“Sempre gostei das histórias envolvendo pirataria, e comecei a escrever sobre isso. Mas não eram apenas histórias fantasiosas. Eu queria conhecer como funcionava a logística dos piratas, sua organização, o que era mesmo ser um pirata, ter um navio, executar as pilhagens. Sempre fui interessado na parte histórica do assunto, porque acho que muitos elementos do passado tiveram forte influência no presente em que vivemos”
– Rolf Kasparek, em entrevista ao Whiplash.Net

Há quem diga que o power metal e/ou speed metal e/ou metal melódico (como queira chamar você ou o seu especialista em música favorito) é um estilo de música que deveria pagar royalties aos criadores de Dungeons and Dragons e à família de Tolkien pelas constantes referências aos universos de fantasia com suas batalhas pela honra entre cavaleiros, bárbaros, anões, elfos, dragões e demais criaturas mitológicas. Mas justamente da Alemanha, o principal berço do estilo, surgiu na década de 80 um grupo cuja inspiração vinha não da Terra-Média ou dos mundos de Dragonlance…mas do mar. Mais especificamente, do universo dos corsários que volta a ser assunto corriqueiro com a estréia do bem-sucedido Piratas do Caribe 2. A tal banda se chama… Rolf Kasparek.

Perdão. Na verdade, o nome da banda é mesmo RUNNING WILD, conforme o título da matéria deixa bem claro. Mas não seria exagero dizer que Kasparek (que ganhou dos fãs o carinhoso apelido de “Rock ‘n’ Rolf”) é o dono da bola nesta história – e que, sem ele, o Running Wild já teria encerrado as atividades há muito tempo. Dá até para dizer que Kasparek entrou para o rol dos artistas que acabaram transformando suas respectivas bandas em projetos solo ao redor de si mesmos, como David Coverdale (Whitesnake), Ronnie James Dio (Dio), Trent Reznor (Nine Inch Nails), Christopher Johnsson (Therion) e até os brasileiros Humberto Gessinger (Engenheiros do ARGH-vaí) e Chorão (daquela banda que não deve ser nomeada). Nada menos que 18 músicos diferentes já passaram pelo grupo, incluindo os bateristas Stefan Schwarzmann (Helloween, U.D.O. e Accept) e Jörg Michael (Stratovarus, Saxon). Parece que é complicado mesmo trabalhar ao lado de Rolf.

O Running Wild nasceria em 1976, na cidade alemã de Hamburgo, ainda como uma banda formada por colegas de escola cujo nome era Granite Heart. Um ano depois, o quarteto ganharia o seu nome definitivo e lançaria, em 83, sua primeiríssima fita demo – e já no ano seguinte as canções “Iron Heads” e “Bones to Ashes” seriam escolhidas para fazer parte da compilação batizada de Death Metal e lançada pela gravadora local Noise. O mesmo selo seria o responsável, também em 84, pelo lançamento do disco de estréia do Running Wild, Gates to Purgatory, que chegou a vender 20.000 unidades nos primeiros três meses. Sucesso absoluto.

Com o lançamento de seu segundo álbum, Branded and Exiled (85), o Running Wild se tornaria uma das bandas mais famosas do país, com popularidade comparável inclusive ao Accept e, pasmem, aos hard rockers do Scorpions. E em 86, viria a grande notícia: o Running Wild seria a banda de abertura dos norte-americanos do Mötley Crüe em sua turnê Theatre of Pain. Estava devidamente lançada a carreira internacional do grupo de Rolf Kasparek.

Um ano depois, os piratas finalmente invadiriam a vida destes alemães para sempre, com o clássico absoluto Under Jolly Rogers. A partir de então, o tema da pirataria jamais sairia de cartaz nas letras do grupo – e também em suas apresentações, nas quais Rolf e a trupe assumem uma postura quase teatral, vestindo as roupas de piratas e entrando definitivamente no clima, com uma superprodução de palco invejada até hoje e com direito a toda sorte de pirotecnias e afins. A bem-sucedida turnê de “Under Jolly Rogers” daria ao Running Wild o título de “pirate metal band” – e também um lendário show em Budapeste, na Hungria, que mais tarde geraria o disco ao vivo “Ready for Boarding”.

O heavy metal saiu de cena, foi novamente relegado ao underground graças ao interesse crescente da grande imprensa por movimentos como o grunge…mas a discografia do Running Wild não pararia nunca, e seguiriam-se “Port Royal” (88), “Death or Glory” (89), “Blazon Stone” (91), “The First Years of Piracy” (coletânea, 91), “Pile of Skulls” (92), “Black Hand Inn” (94), a trilogia “Masquerade” (95), “The Rivalry” (98) e “Victory” (00), “The Brotherhood” (02) e o recente “Rogues En Vogue” (05).

Atualmente, o line-up do RW conta com Rolf Kasparek (mas é claro…) nos vocais e nas guitarras, Peter Pichl no baixo e Matthias “Metalmachine” Liebetruth na bateria, sendo que nos shows o grupo ainda é reforçado pelo guitarrista Peter Jordan. E a bandeira continua firme e forte, içada bem ali, no mastro principal. E o Brasil fica no aguardo para se tornar o próximo porto de parada para as turnês dos caras, ainda inéditas por aqui. Disparem os canhões, por favor.

“Fly our flag, we teach them fear / Capture them, the end is near / Firing guns they shall burn / Surrender or fight there’s no return / Under Jolly Roger”


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