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Artigo adicionado em 31/08/2006, às 12:38

A CASA MONSTRO: o terror de nossa infância nunca foi tão divertido
O novo filme produzido por Spielberg e Zemeckis faz a gente voltar no tempo, quando tínhamos medo da própria sombra Vamos lá, sei que todo mundo que acessa A ARCA assim o faz pois ainda mantém muito viva a criança que vive dentro de si. E qual criança não teve medo de escuro, ou de […]

Por
Paulo "Fanboy" Martini


Vamos lá, sei que todo mundo que acessa A ARCA assim o faz pois ainda mantém muito viva a criança que vive dentro de si. E qual criança não teve medo de escuro, ou de elevador (para aqueles que moraram em prédios), ou do valentão da escola, ou então daquele vizinho bizarro? Hoje tudo isso pode parecer tão ridículo e estúpido, mas um dos grandes méritos de “A Casa Monstro”, nova produção de Steven Spielberg e Robert Zemeckis, é conseguir passar para a tela a emoção de como esses medos eram gigantescos… e reais. Pelo menos para nós.

Só que, nesse caso, não é tão simples assim: J.D. (Mitchel Musso) é um garoto que vive em uma rua calma e sem grandes charmes, em um bairro muito calmo e acolhedor. O Halloween está chegando, e J.D. investiga com sua luneta a casa que fica em frente à sua, um sobrado grande, antigo e já bem acabado, onde mora o ranzinza Sr. Nebbercracker (Steve Buscemi). O velho faz de tudo para que ninguém chegue perto do seu quintal. Mas o garoto sente que o problema ali não é apenas o Sr. Nebbercracker. Ao tentar pegar a bola de basquete do amigo bonachão Chowder (Sam Lerner), que caiu sem querer no quintal da casa sinistra, o velho aparece e parte para cima de J.D. até… cair duro. Nebbercracker acaba sendo levado por uma ambulância, deixando o moleque encucado com a idéia de que possa ter sido a causa do ataque fulminante no velho. Eis que, à noite, o menino começa a ficar apavorado quando recebe um telefonema, direto do antigo sobrado. E é aí que J.D começa a notar coisas estranhas acontecendo na casa, como garrafas sendo engolidas pelo gramado… e cachorros sendo comidos por um tapete em forma de língua, e por aí vai. J.D., com a ajuda de Chowder e da inteligente vendedora de cookies Jenny, agora vai tentar descobrir o que raios está acontecendo com a casa. E dá-lhe acontecimentos bizarros.

O filme, quem diria, me pegou de surpresa. Vindo no mesmo esqueminha utilizado em O Expresso Polar, esse “filme de animação” utiliza o tal “performance capture” (onde a atuação dos atores é jogada direto para os personagens no computador, eliminando a necessidade de se animar tudo do zero), um recurso que, pessoalmente, acho muito tosco, pois o produto final acaba não sendo nem animação, nem filme live-action, com personagens não reais atuando de maneira muito humana… o que cria um efeito muito bizarro. Masm mesmo sendo pessoalmente contra esse conceito (pombas, por quê não filma logo direto com atores, ou simplesmente cria um filme de animação na raça) é indiscutível que a técnica melhorou mais de 100% desde “O Expresso Polar”: mesmo com alguns movimentos de mãos e cabeças ainda bambas, o sincronismo labial e as atuações estão muito mais coerentes e críveis. Gostei bastante do design dos personagens também (com destaque para a babá Zee).

Mas as grandes armas do filme são a história e o storytelling. O roteiro não é perfeito – acho que o timing poderia ter sido melhor trabalhado, principalmente no começo – mas a personalidade dos personagens fazem com que você goste muito deles, torça por eles. Tudo ali é novo e bizarro, e você acompanha as revelações junto com eles, até o final apocalíptico. Não deixa de ser uma fábula moderna, um conto-de-fadas… não, uma história de horror muito bacaninha.

O filme não é daqueles memoráveis, inesquecíveis… mas com certeza serão 91 minutos de muita diversão. Podem ir sossegados.

:: CURIOSIDADES
– A garotinha no triciclo, que aparece logo no começo do filme, está cantarolando o tema da série de tv Amazing Stories, também produzida por Steven Spielberg.

– Não há mais curiosidades. Vão para casa, SAIAM DO MEU QUINTAL!!

A Casa Monstro (Título original: Monster House) / Ano: 2006 / Produção: Estados Unidos / Direção: Gil Kenan / Roteiro: Dan Harmon, Rob Schrab e Pamela Pettler / Vozes: Mitchel Musso, Sam Lerner, Spencer Locke, Steve Buscemi, Maggie Gyllenhaal, Jason Lee, Kevin James, Catherine O´Hara, Kathleen Turner, Fred Willard, Jon Heder / Duração: 91 minutos.


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