A ARCA - A arte em ser do contra!
 
Menu du jour! Tutu Figurinhas: o nerd mais bonito e inteligente dessas paragens destila seu veneno! GIBI: Histórias em Quadrinhos, Graphics Novels... é, aquelas revistinhas da Mônica, isso mesmo! PIPOCA: Cinema na veia! De Hollywood a Festival de Berlim, com uma parada em Nova Jérsei! RPG: os jogos de interpretação que, na boa, não matam ninguém! ACETATO: Desenhos animados, computação gráfica... É Disney, Miyazaki e muito mais! SOFÁ: É da telinha que eu estou falando! Séries de TV, documentários... e Roberto Marinho não está morto, viu? CARTUCHO: Videogames e jogos de computador e fliperamas e mini-games e... TRECOS: Brinquedos colecionáveis e toda tranqueira relacionada! Tem até chiclete aqui! RADIOLA: música para estapear os tímpanos! Mais informações sobre aqueles que fazem A Arca Dê aquela força para nós d´A Arca ajudando a divulgar o site!
Artigo adicionado em 28/08/2006, às 03:51

SERPENTES A BORDO: uma das maiores diversões do ano!
Enough. Is. Enough. LEIA TAMBÉM: ::: SERPENTES: O FENÔMENO POR TRÁS DO FILME! ::: PERFIL: O BADASS SAMUEL L. JACKSON! ::: SNAKES ON THE MOVIES: FILMES DE SERPENTES! ::: MOVIES ON THE PLANE: FILMES DE AVIÕES! ::: Acesse o site oficial brasileiro e concorra a um notebook ::: Site oficial – EUA | My Space […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


LEIA TAMBÉM:
::: SERPENTES: O FENÔMENO POR TRÁS DO FILME!
::: PERFIL: O BADASS SAMUEL L. JACKSON!
::: SNAKES ON THE MOVIES: FILMES DE SERPENTES!
::: MOVIES ON THE PLANE: FILMES DE AVIÕES!

::: Acesse o site oficial brasileiro e concorra a um notebook
::: Site oficial – EUA | My Space Oficial | Comunidade no Orkut
::: Vídeos: Teaser 1 | Teaser 2 | Trailer 1 | Trailer 2 | First Look
::: Clipe: ‘Snakes on a Plane (Bring It)’ com o grupo Cobra’s Starship

Para você, o que diabos é um filme blockbuster? Antes que você se arrisque a responder, eu recorro ao bom e velho “pai dos burros” – no caso, o dicionário Michaelis Inglês-Português: 1. bomba arrasa-quarteirão. 2. livro ou filme de enorme sucesso. Hoje em dia, no entanto, blockbuster também se tornou sinônimo de “filme pipoca”. Aqueles filmes que são o oposto direto dos chamados “filmes de arte”: filmes comerciais, cujo objetivo é divertir a audiência tempo suficiente para que eles encham a pança de pipoca e refrigerante. Pois bem. Se a sua intenção é apenas e tão somente deixar o cérebro na porta e aproveitar quase duas horas totalmente longe da realidade, Serpentes A Bordo é ideal para você. Aliás, Jack Sparrow que me perdoe, mas no quesito “diversão pipoca”, estas cobras dentro do avião são disparadas a melhor opção do ano. Sem exageros.

“Serpentes A Bordo” é, antes de tudo, um filme muito verdadeiro. Tudo que o título auto-explicativo e todo o material de divulgação oficial e/ou criado vorazmente pelos fãs sugerem está lá: o clima de filme B/trash, a trilha exagerada, o sangue em doses cavalares, as mortes bizarras, os diálogos forçados, as risadas, os sustos gratuitos…e, principalmente, Samuel L.Jackson. Cool como sempre em seu papel obrigatório de policial durão e cheio de frases de efeito, repletas de “motherfuckings” e “damns”, o sujeito rouba a cena. Como era de se esperar. Em resumo: “Serpentes A Bordo” é exatamente aquilo que os internautas sempre quiseram ver como resultado final durante este tempo todo de empolgação pela web e depois de especulações e mais especulações a respeito da película. Mas é ainda muito mais porque, apesar de não se levar a sério em nenhum momento, “Serpentes” não chega a descambar completamente para o lado da autoparódia. Não, você não vai ver uma comédia, embora sejam muitos (MESMO!) os momentos em que você vai rolar de rir. “Serpentes” é mesmo um filme de terror. Ou algo do gênero. Como só um ex-dublê como David R.Ellis (“Premonição 2”, Celular – Um Grito de Socorro) poderia dirigir. Quantas vezes foi possível dizer isso nos últimos anos a respeito de um filme hollywoodiano?

O início é típico daquelas produções de orçamento barato lançadas direto para o mercado de vídeo: o jovem surfista platinado Sean Jones (Nathan Phillips, de “Wolf Creek”) está no Havaí, passeando de motocicleta ao som de uma surf music a la Jack Johnson (na verdade, é de seu fiel parceiro Donovan Frankenreiter, mas tudo bem). Quando ele resolve parar no meio do nada com coisa nenhuma para tomar um energético e descansar um pouco, Sean se depara com um sujeito pendurado pelos pés em uma ponte. Escondido no meio do mato, ele vê o notório gângster Eddie Kim (Byron Lawson, o Lee Chen da série futurista “Jeremiah”) se aproximando. Ele carrega um taco de beisebol nas mãos. Chama sua vítima de “procurador”, daqueles de filmes de tribunal. E…wow! Mesmo estando de terno branco, Kim enche o sujeito de porrada, espirrando sangue para todos os lados. Está feito. Um obstáculo a menos. Assustado, Sean foge e acaba sendo visto pelos capangas de Kim.

Já em casa, Sean descobre que o tal chinês é, na verdade, um escorregadio chefão do crime de Los Angeles, sobre quem a polícia ainda não conseguiu encontrar nenhuma evidência concreta – embora as acusações sejam muitas. Não demora até que ele seja descoberto pelos criminosos…e também por um certo agente do FBI de nome Neville Flynn (Jackson). Bingo. Agora, a testemunha que faltava para colocar Kim atrás das grades precisa ser enviada para LA o quanto antes, para se apresentar diante do tribunal. Sean será escoltado por Flynn na primeira classe de um avião comercial – e ao descobrir esta movimentação, o mafioso Kim bola um plano mirabolante…e que você, é claro, já sabe muito bem qual é: embarcar ilegalmente no avião uma caixa com mais de 450 cobras venenosas. Um mecanismo previamente preparado vai libertar os répteis no meio do vôo, enquanto um feromônio especial colocado no sistema de circulação de ar vai ser responsável por fazer os animaizinhos ficarem irritadiços e prontos para atacar qualquer um que virem na frente! O resultado são picadas e mordidas em todos os lugares possíveis e imagináveis do corpo humano (homens, uma cena em especial vai fazer vocês suarem frio) e um caos total dentro do South Pacific Air 121. Pois é, agora você sacou todo o plano de Kim: se não podemos matar Sean Jones, vamos derrubar o avião da forma mais insuspeita possível. Vai parecer um acidente ocorrido com a trágica e inesperada libertação das cobras. Inteligente, não? 😉

A partir daí, o filme se torna um festival de clichês já conhecidos de fãs de filmes do gênero, sejam eles ambientados em aviões ou estrelados por animais sanguinários: a aeromoça prestativa em vias de encerrar a carreira, a outra aeromoça metida a sensual, o piloto texano metido a machão, o comissário de bordo de sexualidade duvidosa, o rapper famoso (e germófobo), o gordinho engraçadinho e viciado em videogames, a patricinha insuportável e seu cachorrinho (um pequeno chiuaua cujo destino estava traçado desde o começo do filme), o sujeito que tem medo de voar, as duas crianças loirinhas voando sozinhas e com toda a cara de vítimas indefesas, o velho reclamão, a latina com um bebê de colo, a gordona nojenta, o casal com os hormônios em ebulição, o lutador oriental de kickboxing…Até a clássica frase “Tem algum piloto a bordo?”, elemento que jamais poderia faltar em qualquer filme-catástrofe clássico a mais 9.000 metros de altura, pode ser ouvida em alto e bom som!

Ao final da exibição, “Serpentes A Bordo” tinha excedido completamente todas as minhas expectativas – com uma conclusão daquelas tão bacanas que dá vontade de levantar da cadeira e bater palmas junto com cinema lotado. Não, não se trata de um filme “tão ruim, mas tão ruim, que se torna bom”, conforme se vinha alardeando recentemente. É sim um filme bom pra c*! Ou como diria Sam Jackson: “a motherfucking badass movie”. Damn.

::: CURIOSIDADES :::

– Fique até o final dos créditos para conferir o clipe da banda Cobra Starship, que conta com a participação especial do próprio Sam Jackson. E tente adivinhar o que diabos ele está lendo;

– Entre as 450 cobras usadas nas filmagens, estava uma píton da Birmânia com quase 7 metros de comprimento;

– Algumas das serpentes foram criadas digitalmente, porque as reais não se moviam da forma que o diretor queria (isso você vai perceber muito claramente, fique tranqüilo!);

– O título de trabalho falso usado pela equipe nas claquetes era Anaconda 3;

– O roteiro original da película tinha 122 páginas quando Ellis assinou para dirigir. Depois de trabalhar por quase quatro meses ao lado do diretor de produção e do próprio Samuel L.Jackson, o roteiro ficou com 103 páginas;

– O gorducho Troy McDaniel, o guarda-costas do rapper 3G viciado em videogames, é interpretado por Kenan Thompson – o mesmo sujeito que fez dupla com Kel Mitchell na finada série Kenan & Kel;

– Anote aí, porque com certeza você vai querer repetir com ele: “Enough is enough. I’ve had it with this motherfucking snakes on this motherfucking plane”.

Serpentes A Bordo (Título original: Snakes On A Plane) / Ano: 2006 / Produção: Estados Unidos / Direção: David R.Ellis / Roteiro: John Heffernan e Sebastian Gutierrez / Elenco: Samuel L.Jackson, Julianna Margulies, Nathan Phillips, Rachel Blanchard, Flex Alexander, Kenan Thompson, Keith Dallas / Duração: 105 minutos.


Quem Somos | Ajude a Divulgar A ARCA!
A ARCA © 2001 - 2007 | 2014 - 2024