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Artigo adicionado em 05/10/2006, às 11:35

DÁLIA NEGRA: confuso, mas tecnicamente fantástico
Diretor bom com um roteirista nhé! Mistura ruim. LEIA TAMBÉM: :: Os filmes essenciais de BRIAN DE PALMA Assíduos e vorazes consumidores das críticas do… Zarko! Com a sua baixa, temporária, devido ao seu surto psicótico seu cansaço físico e mental, vocês terão que aturar a falta de informação de Johnny Cash e os textos/notinhas […]

Por
Bruno "Benício" Fernandes


LEIA TAMBÉM:
:: Os filmes essenciais de BRIAN DE PALMA

Assíduos e vorazes consumidores das críticas do… Zarko! Com a sua baixa, temporária, devido ao seu surto psicótico seu cansaço físico e mental, vocês terão que aturar a falta de informação de Johnny Cash e os textos/notinhas deste que vos escreve. Portanto, sem enrolação! E começo informando que nem a confusão e lentidão tira o brilho de Dália Negra (The Black Dahlia, 2006), que é uma homenagem ao cinema noir e a grande estréia dessa sexta.

No fim da década de 40, dois policiais se destacavam dos demais do departamento de polícia de Los Angeles, a famosa LAPD. Eles são Lee Blanchard (Aaron Eckhart) e Dwight “Bucky” Bleichert (Josh Hartnett – e seu nome se pronuncia “Blaicart”, pelo personagem ser de origem alemã), ex-lutadores de boxe e, muitas vezes, lutando contra o crime de maneira bastante original.

Por causa de suas antigas carreiras, os policiais têm a chance de se tornar detetives e ganhar um aumento salarial para a categoria em troca de uma luta arranjada e com a vitória de Lee, o Sr. Fogo, como era conhecido. Dwight, o Sr. Gelo, é a honestidade em pessoa, mas aceita a maracutaia se colocarem seu pai idoso e neurótico de guerra em uma casa de repouso. E assim é feito.

Depois de feito o bem e a felicidade geral de todos, Lee, Bucky e Kay Lake (Scarlett Johansson), esposa de Lee, se tornam muito próximos, como dois irmãos e uma mulher para cuidar de tudo. Mas o brutal assassinato da aspirante a atriz chamada Elizabeth “Betty” Short (Mia Kirshner) torna a vida dos amigos um inferno sem fim e trazendo à tona sentimentos e segredos escondidos há tempos.

Diante de tanto problema causado pelo crime, Bucky ainda conhece a misteriosa Madeleine Linscott (Hilary Swank), filha de uma tradicional família de Hollywood.

Agora vamos à analise abalizada (?!).

O roteiro baseado na obra de mesmo título, concebida por James Ellroy, conta uma ficção (nesse caso, os detetives) em cima de um fato verídico, um crime que chocou a Hollywood de 1947 (o assassinato de Betty Short). Ninguém melhor que Brian De Palma para fazer um filme desse tipo, pois já está acostumado com o gênero noir, a base cinematográfica do diretor – vide Os Intocáveis.

Mas diferente de Los Angeles: Cidade Proibida, outra obra de Ellroy, “Dália Negra” chega a ser um pouco confuso e lento, devido à ingenuidade e moral de Bucky. Quando você pensa que está desvendando a trama, ele resgata alguma informação que deixou para trás e o espectador fica com cara de tacho porque ele está atento a essa informação, mas demora tanto que você pensa que se enganou.

O que acontece é uma enxurrada de informações mais importantes que os fatos-chave. E o filme tem plot em cima de plot

Mas tirando esse roteiro (escrito por Josh Friedman, roteirista de Guerra dos Mundos! Esperava o quê?), DePalma dá uma aula de tudo quanto é tipo de movimentos e usos de câmeras, como os de primeira pessoa (visão de Bucky e Betty, mesmo morta), câmeras lentas, um dolly-in sensacional, do momento em que o cadáver é descoberto e enquadramento de duas ações ao mesmo tempo e tantas outras. Marcas registradas dele.

Outra coisa para não se alardearem: o filme tem muitas mudanças de cenas que lembram a famigerada Hexalogia Star Wars, como se uma cena empurrasse a anterior para o lado ou para baixo. Essa técnica vem do cinema noir e o titio Lucas amaldiçoou os milhares de cinéfilos que devem pensar que ele inventou isso. Bullshit.

Quanto aos atores… sempre tive uma implicância com Josh Hartnet, por quais motivos eu não sei, mas ele está bem legal, passando o ar de homem honesto. O mesmo vale para Eckhart, outro que também nunca vi novidade, mas suas últimas escolhas de trabalhos, como Obrigado por Fumar e esse papel, me fez criar uma simpatia por ele. Só que o mais engraçado é a aparição de James Otis, o ator que faz o papel do pai de Hartnett.

Do lado feminino, das três atrizes principais, Scarlett é a mais fraquinha. Que ela é gostosa não há dúvidas, mas eu não a acho fantástica de qualquer jeito, como a maioria. A maquiagem e o penteado da época não combinaram com ela. Eu prefiro ela ao natural, como em Encontros e Desencontros e Match Point. Uma outra coisa de seu papel, tecnicamente secundário, passa para quem está assistindo o filme que sua função é somente aparecer e acabou. Como um mero pedaço de carne.

Já Mia Kirshner é de uma beleza impressionante e a sua atuação é ótima. Ela transmite todo o seu sofrimento para o público e com a frieza que sua personagem precisa ter. Já Hilary Swank é um caso à parte: eu nunca a achei feia como todo mundo costuma achar e no filme ela, além de bonita, cumpre com perfeição o objetivo de seu papel: ser sexy ao quadrado.

A atriz ficou estigmatizada ao fazer personagens, digamos, masculinos e ela precisava de um personagem desse jeito. E quem diz que ela é feia, sigamos a célebre frase, também seguida por R.Pichuebas: “Não existe mulher feia. É você que não bebeu demais e manda mais um Café Caribe!”

Agora é vocês assistirem e discutirem suas opiniões. E Já chega! Doze parágrafos!

:: CURIOSIDADES

– A cantora K. D. Lang faz uma rápida aparição, e em um papel bem à sua “maneira de ser”.

Mark Wahlberg era o cogitado para o papel de Lee Blanchard, mas sua agenda não coincidia com as gravações de “Dália Negra” e The Brazilian Job.

Gwen Stefani foi considerada para o papel de Kay Lake. Já Maggie Gyllenhaal viveria Elizabeth Short, mas no fim das contas recusou.

Fairuza Balk foi considerada para o papel de Madeleine Linscott e De Palma acabou oferecendo-o para Eva Green, mas ela não topou participar do filme neste papel porque não queria ficar estigmatizada por papéis de femme fatale .

– O diretor David Fincher planejava filmar o livro, totalmente em preto e branco e com duração de três horas, mas desistiu por achar que não conseguiria fazer o filme da maneira que gostaria que fosse.

Dália Negra (Título original: The Black Dahlia) / Ano: 2006 / Produção: Estados Unidos, Alemanha / Direção: Brian De Palma / Roteiro: Josh Friedman / Baseado no romance de James Ellroy / Elenco: Josh Hartnett, Aaron Eckhart, Mia Kirshner, Scarlett Johansson, Hilary Swank, Mike Starr, Fiona Shaw, James Otis / Duração: 121 minutos.


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