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Artigo adicionado em 13/11/2006, às 11:21

Review ::: CD ::: A TWIST IN THE MYTH (Blind Guardian)
Os bardos chutando traseiros novamente! ::: SHOPPING: COMPRE ESTE CD CLICANDO AQUI! “Contra-indicado para puritanos e xiitas”. Este deveria ser o selo aplicado pela Nuclear Blast logo na capa de A Twist In The Myth, o novo disco dos bardos alemães do Blind Guardian. Afinal, o single Fly pode não representar em totalidade o que […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


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“Contra-indicado para puritanos e xiitas”. Este deveria ser o selo aplicado pela Nuclear Blast logo na capa de A Twist In The Myth, o novo disco dos bardos alemães do Blind Guardian. Afinal, o single Fly pode não representar em totalidade o que o ouvinte vai de fato escutar neste sucessor de A Night At The Opera, mas uma coisa é inegável – não espere um lançamento datado e nem uma banda auto-referente. “A Twist…” deve desagradar os tradicionalistas pentelhos de plantão, que acham que uma banda tem que fazer o mesmo tipo de som a vida inteira. O disco é, sem sombra de dúvidas, Blind Guardian puro, com todas as marcas registradas do seu tipo de som. Mas também mostra uma banda madura e consistente em busca da evolução. Graças a Deus.

Se você se assustou com os experimentalismos que ouviu em “Fly”, fique calmo. Embora a canção seja interessante (na minha opinião, aliás, um dos destaques do álbum), ela não serve como sua melhor síntese. Têm lá sem seus riffs malucos, uns flertes eletrônicos e afins. É melhor colocar “A Twist…” para rolar desde o começo e você vai entender melhor a proposta – começando pela faixa inicial, This Will Never End, que já mostra aonde o Blind Guardian quer chegar de verdade. Depois das poderosas Otherland e Turn The Page, já não resta mais dúvidas: demorou quatro anos, mas o Blind conseguiu um disco que supera com louvor o seu antecessor.

“A Twist…” carrega alguns elementos de “A Night At The Opera”, tudo bem. Tem um quêzinho épico-sinfônico, tem lá seus teclados progressivos, muitos corais e diversas camadas de vozes se misturando, tudo com uma produção esmeradíssima. Mas o lance é que aqui as faixas estão recheadas de uma agressividade que remete imediatamente a trabalhos comoImaginations From The Other Side. “A Twist…” é mais violento, mais pesado, mais visceral, deixando um pouco de lado toda a pompa e circunstância.

O resultado desta mistura é um tipo de material que não deixa de soar Blind Guardian, mas que ganha uma sonoridade nova e, por que não, muito mais moderna e atual. Duvida? Músicas como Lionheart, The New Order, The Edge e principalmente a excelente Another Stranger Me estão aí para não me deixar mentir. Continua sendo o tal do “power metal” rápido e intenso, mas que não deixa de buscar mais e mais influências diferenciadas para enriquecer ainda mais o seu som, inclusive no metal tradicional e no hard rock.

Outros destaques são Carry The Blessed Home (com uma levada que mais parece o Queen tocando rock pesado) e a indispensável balada folk-celta Skalds and Shadows, na linha de “The Bard’s Song – In The Forest”, daquelas para cantar junto nos shows.

Quanto à banda, qualquer comentário positivo seria chover no molhado – mas é preciso ressaltar a performance do frontman Hansi Kürsch, que se recuperou plenamente dos recentes problemas nas cordas vocais e entregou uma de suas atuações mais poderosas e emocionais. Como canta, o desgraçado! E para os preocupados com a cozinha da banda, desfalcada após a saída de Thomen Stauch, podem ficar tranqüilos: o novo batera Frederik Ehmke, fã de longa data do BG, segura a onda sem maiores problemas.

Para resumir, “A Twist In The Myth” é aquele tipo de trabalho que mostra o quanto uma banda há mais de duas décadas em atividade ainda pode crescer sem fazer sempre e sempre as mesmas coisas. Afinal, não tem nada de errado em olhar para trás e contemplar um passado glorioso, pinçando vez por outra um pouco dele para apimentar seus projetos futuros. Mas passar a vida repetindo sempre os mesmos clichês é, antes de qualquer coisa, um pé no saco. Quem quer ouvir uma banda fazendo cover de si mesma eternamente? Para copiar o que costumam chamar de “o antigo Blind Guardian”, já basta o Savage Circus *, não é mesmo?

* Comentário absolutamente desnecessário e provocativo…mas que eu precisava fazer! 🙂

Line-up:
Hansi Kürsch – Vocal
André Olbrich – Guitarra
Marcus Siepen – Guitarra
Frederik Ehmke – Bateria/Percussão

Músico convidado:
Oliver Holzwarth – Baixo

Tracklist:
01. This Will Never End
02. Otherland
03. Turn the Page
04. Fly
05. Carry the Blessed Home
06. Another Stranger Me
07. Straight Through the Mirror
08. Lionheart
09. Skalds and Shadows
10. The Edge
11. The New Order
12. Dead Sound of Misery

Gravadora:
Nuclear Blast


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