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Artigo adicionado em 19/02/2003, às 03:02

O Universo de METROID
Uma linha cronológica espetacular, de quem passou a infância só jogando isso! Uma mulher contra uma raça de alienígenas mortíferos lutando por sua vida. Não, não estamos falando de Ripley contra os Aliens, mas sim da caçadora de recompensas Samus Aran contra os Metroids. Confira toda a saga dessa super personagem do mundo dos games. […]

Por
Julio "R.Pichuebas" Almeida


Uma mulher contra uma raça de alienígenas mortíferos lutando por sua vida. Não, não estamos falando de Ripley contra os Aliens, mas sim da caçadora de recompensas Samus Aran contra os Metroids. Confira toda a saga dessa super personagem do mundo dos games.

:: A HISTÓRIA

Diferente de outra famosa série da Nintendo (The Legend of Zelda, por exemplo, cada fã tem uma idéia diferente sobre qual é a cronologia verdadeira), a série Metroid tem uma linha do tempo forte e muito bem montada. Nesta passada rápida que daremos em cada jogo da série contaremos várias partes importantes dessa história, portanto caso ainda queira ter alguma surpresa se desejar jogar esses clássicos antes dos dois últimos capítulos (Fusion e Prime, que não entraremos muito em detalhe para não estragar a diversão de quem for jogá-los ^_^), leia por sua conta e risco.

A saga começa em Metroid (1986/NES), onde nos é apresentada a Galactic Federation. Criada no ano 2000 da história do cosmos por representantes de vários planetas da galáxia, tinha como objetivo a troca de informações, tecnologia e cultura entre os povos. Com o crescimento do tráfego de naves espaciais, cresceram os crimes causados pelos Piratas Espaciais, os ladrões de carga e assassinos mais temidos da galáxia. Para manter a segurança no espaço foi criada a Galactic Federation Police, que acabou não dando conta do serviço, abrindo espaço para guerreiros que começaram a ser contratados para combater os Piratas. Esses guerreiros de grande coragem ganhavam a vida como caçadores de recompensas, capturando e entregando membros dos Piratas Espaciais às autoridades. Com o passar do tempo, alguns guerreiros foram se tornando lendas, fazendo com que fossem respeitados, admirados e principalmente temidos.

No ano 20X5 (lembra Megaman, não?) da história do cosmos, pesquisadores encontraram um planeta não-habitado, o qual deram o nome de SR388. Neste planeta os pesquisadores encontraram uma forma de vida que tinha a capacidade de sugar a energia vital de outros seres, levando-os a concluir que ela teria provavelmente dizimado a população que antes habitava o planeta SR388. Para essa forma de vida deram o nome de Metroid. Após uma longa expedição e a morte de vários de seus participantes, um Metroid em estado de animação suspensa foi levada para a nave de pesquisa, onde a estudaram. Fizeram descobertas surpreendentes, como a de que os Metroids acordavam e se multiplicavam quando expostos a radiação beta e que eles era vulneráveis ao frio. Cientes do perigo e da destruição que esta espécie poderia causar, os pesquisadores acharam melhor levar o Metroid para a Terra com a finalidade de estudá-la melhor. Mas infelizmente eles nunca chegaram, já que a nave foi atacada por Piratas Espaciais e todos os seus tripulantes foram mortos.

Os Piratas estudaram e descobriram como multiplicar os Metroids. Cientes de poder de destruição dessa espécie, resolveram usar os Metroids como armas. Enquanto os estudos continuavam, a Galactic Federation Police procurava desesperadamente o esconderijo dos Piratas Espaciais, mandando naves para todos os cantos da galáxia. Quando os localizaram no planeta-fortaleza chamado Zebes, mandaram as suas tropas com força total. Mas os Piratas Espaciais estavam preparados, derrotando a GFP e mandando toda a força de volta para casa. O que poderiam fazer agora? Zebes era uma fortaleza natural, com a sua superfície de um mineral especial e um labirinto complicadíssimo como seu interior, e os Piratas estavam prontos para tudo que a GFP poderia fazer. Então a solução era engolir o orgulho e pedir ajuda para os mais valentes e poderosos caçadores de recompensas do universo. A missão do escolhido seria a de entrar em Zebes e retornar com o Metroid se possível, destruí-lo se necessário. Para essa missão seria necessário o melhor entre os caçadores. E o melhor era Samus Aran.

Samus era o melhor de todos os caçadores. Seu histórico era surpreendente: havia cumprido missões que muitos outros teriam achado impossível. Ele era um ciborgue, com seu corpo melhorado através de implantes cibernéticos e habilidades especiais causadas pela sua avançadíssima armadura espacial. Até mesmo os Piratas temiam essa sua armadura, já que ela absorvia a força de seus inimigos. Mas uma coisa continuava um mistério: como seria o homem por baixo da máquina?

Samus entrou em Zebes sem maiores problemas e rapidamente começou a neutralizar as ameaças que surgiam em seu caminho. Após matar os líderes dos Piratas Espaciais, Kraid e Ridley, Samus descobriu a verdadeira líder de toda operação, ninguém menos que Mother Brain (isso mesmo, a Mãe Cérebro do antigo desenho animado do Capitão N). Samus foi para a base de operações Tourian, onde Mother Brain já havia inundado com radiação beta o local para forçar o crescimento e a multiplicação dos Metroids. Ao chegar no centro nervoso de Tourian e se deparar face-a-face com Mother Brain, Samus a destruiu com uma rajada de mísseis, fugindo para a superfície e saindo em toda a velocidade em sua nave antes que Tourian se autodestruísse. Mas a sua luta contra os Piratas Espaciais ainda estava longe de terminar.

Nesse momento você de estar se perguntando: “Herói? Ele? Mas Samus não é uma MULHER?!”

Seja bem-vindo à maior virada de trama em toda a história dos games.

Ao terminar o jogo em menos de duas horas, é revelado para o jogador que Samus era na verdade uma mulher. Acredite, eu também me surpreendi quando consegui terminar o jogo em duas horas. E antes que me batam: não sou machista não! No manual estava falando que ele era um homem!! 🙂 Diferente de vários jogos de hoje em dia, a série Metroid nunca explorou a sexualidade de sua personagem principal, sempre a mantendo como heroína e não um objeto sexual.

Entra Metroid Prime (2002/GameCube). Após a destruição de Mother Brain, os Piratas se dividiram em dois grupos: um desses grupos voltou para Zebes; o outro ficou responsável de achar um planeta com uma grande fonte de energia. Não demorou muito para acharem Tallon IV, um ex-refúgio do povo conhecido como Chozo. Os Piratas notaram uma enorme concentração de energia debaixo de um grande templo Chozo, proveniente de um mutagênio chamado Phazon. Esse mutagênio os deixou maravilhados, fazendo com que se mudassem imediatamente para Tallon IV.

O poder do mutagênio superou em muito as expectativas dos Piratas. Combinando-o com pequenas formas de vida, começaram a aperfeiçoar o processo de mutação, criando monstros que logo patrulhariam os túneis escuros das profundezas do planeta. Quanto mais sucessos tinham, mais mineravam o planeta a procura de Phazon. Muitas espécies foram mandadas para uma estação espacial que ficou orbitando Tallon IV, com a finalidade de testar os efeitos do Phazon em gravidade zero. O que eles não sabiam é que Samus Aran havia finalmente localizado seus velhos inimigos…

E, para não estragar a surpresa de alguns, pulemos para alguns anos depois, para Metroid II: Return of Samus (1991/Game Boy).

Após todos os eventos causados pelos Metroids, a Galactic Federation decidiu que era hora de mais uma expedição ao planeta SR388, mas não uma expedição para pesquisa e sim uma expedição com o objetivo de exterminar todos os Metroids. Uma nave foi mandada para o planeta, somente para nunca mais voltar. Um grupo de resgate foi enviado para ver se alguém havia sobrevivido, mas também foram mortos. Após esses eventos, a GFP montou uma equipe especial armada até os dentes e a despachou para SR388. Todos mortos.

Essa história se espalhou pela galáxia, fazendo com que todos chegassem a conclusão que se os Metroids podiam fazer isso vivendo somente no subsolo de um planeta, eles teriam a capacidade de destruir toda a população da galáxia caso multiplicassem e saíssem pelo espaço. Após uma reunião de emergência, a Galactic Federation chegou à conclusão que só existia uma pessoa capaz de acabar com essa ameaça: O Homem-Ar… digo, Samus Aran!

Um novo equipamento foi dado a Samus nessa missão: um radar que podia detectar emissões de energia dos Metroids. Com esse radar Samus começou a se aventurar pelas ruínas da antiga civilização de SR388, mas ela viu que a missão não iria ser tão fácil, assim que avistou pela primeira vez um Metroid: ele começou a evoluir para uma forma mais ameaçadora bem na sua frente! Após a destruição de várias formas evoluídas de Metroids, o radar de Samus finalmente chegou a zero.

Voltando para a superfície, a caçadora de recompensas resolveu tomar um caminho diferente. Ao entrar em uma nova área, o radar marcou a presença de dez Metroids e uma forma clássica voou em sua direção. Após destruir nove Metroids, Samus começou a se perguntar onde estaria o último. Enquanto estava distraída, tropeçou e caiu em um buraco e ao atingir o fundo, escutou um barulho e virou pronta para destruir o que seria o último Metroid. Mas aquele não era um simples Metroid: era a rainha de todos os Metroids. Após uma longa batalha e de ser quase morta, Samus finalmente conseguiu destruir a rainha.

Na volta para a superfície, o radar novamente deu sinal de vida marcando a presença de mais um Metroid. Ao encontrar um ovo, um pequeno Metroid saiu de dentro e Samus imediatamente apontou a sua arma para ele. Diferente de tudo que havia acontecido até então, o pequeno começou a voar em volta dela, procurando proteção. Logo Samus percebeu que agora era a mãe de um bebê Metroid.

Samus pegou o bebê Metroid e o levou para a Space Science Academy na Colônia Espacial, onde cientistas estudaram a criatura e entenderam a sua estrutura orgânica, fazendo descobertas que poderiam beneficiar a civilização através da capacidade de absorção de energia dos Metroids.

A paz e a ordem parecia ter voltado, até que Samus recebeu um sinal de emergência direto da Galactic Federation em Super Metroid (1994/Super Nintendo). Quando voltou para a estação de pesquisa, agora em ruínas, encontrou o líder ressuscitado dos Piratas Espaciais Ridley com o bebê Metroid em suas garras. Os Piratas (Se você ainda não imaginou o Didi dizendo “Ooooos Perata!”, perdeu grandes risadas até aqui. ^_^) fugiram de volta para o planeta Zebes, com Samus logo atrás para destruí-los de uma vez por todas e recuperar o Metroid.

Logo ao chegar em Zebes, Samus percorreu novas e já conhecidas áreas atrás de Ridley. Ao encontrá-lo na região coberta de lava conhecida como Norfair, Samus travou uma luta contra Ridley até a morte. Após matá-lo, Samus saiu em busca do Metroid chegando novamente a Tourian, dessa vez infestada de pequenos Metroids e de corpos de criaturas zebesianas. Ao chegar no centro de Tourian, Samus encontrou um Metroid gigantesco por quem foi atacada. Quando estava quase morta o gigantesco Metroid larga a heroína, provando ser a criatura que Samus havia encontrado em SR388.

Depois de se recuperar, Samus encontrou novamente Mother Brain. Ao tentar destruí-la do mesmo jeito que antes, Mother Brain mostrou que não tinha voltado dos mortos sem novidades. Presa em um corpo bípede, Mother Brain começou a lutar, com a nossa heroína levando uma pequena vantagem. Mas eis que Mother Brain solta um raio em Samus, descarregando totalmente a bateria de sua armadura. Quando estava preste a dar o último golpe em uma Samus caída e indefesa, o Metroid gigante apareceu e agarrou Mother Brain sugando a sua energia. Após soltá-la, o Metroid voou para Samus recarregando a energia de sua armadura. No exato momento em que largava Samus, o Metroid foi atingido por um raio sônico disparado por Mother Brain. Morto, o Metroid caiu em cima de Samus, enchendo ainda mais o corpo dela de energia. Quando se levantou, Samus atirou um raio brilhante muito mais potente que o seu tradicional raio de plasma. Assim destruiu de vez Mother Brain, levando o planeta Zebes junto com ela. Ao escapar em sua nave, Samus achava que provavelmente os Piratas Espaciais e o resto dos Metroids teriam morrido na explosão, e que nunca mais voltariam a ameaçar a galáxia. A única coisa triste é de que o universo teria perdido a chance de utilizar os Metroids para o bem…

Assim chegamos em Metroid Fusion (2002/Game Boy Advance), onde encontramos um planeta SR388 tentando criar uma nova cadeia alimentar sem a presença dos Metroids no topo. A Galactic Federation contratou o Biologic Space Labs para observar esse reestruturamento e, por causa de sua experiência, contratou também Samus Aran para ajudar nas expedições ao planeta.

Enquanto colhia amostras, Samus encontrou uma forma de vida nunca antes vista a qual os pesquisadores deram o nome de “X“. O “X” era uma forma de vida parasita cujo principal predador eram os Metroids, mas como não haviam mais Metroids no planeta eles começaram a invadir o corpo de outros seres, ganhando o controle dos mesmos. Ao conduzir a sua nave para o próximo ponto de coleta de materiais, Samus desmaiou nos controles e a sua nave bateu em um campo de asteróides.

Salva pelo sistema de ejeção da nave, Samus foi resgatada pelos tripulantes da nova estação espacial construída na órbita de SR388. Os médicos descobriram que Samus havia sido infectada pelo X e eles estavam se multiplicando rapidamente em seu corpo. Por sua armadura ter componentes biológicos, a situação era ainda mais desesperadora: Samus estava em coma e não podia ter a sua armadura removida totalmente para mais exames. Assim, pedaços da armadura tiveram de ser cirurgicamente retirados e mandados para o Biologic Space Labs para pesquisa. Mesmo assim a infecção estava se espalhando rapidamente até que alguém sugeriu uma solução: Uma vacina baseada em células dos predadores do X. Baseada em células de Metroids.

Aparentemente os cientistas ainda tinham amostras do Metroid levado por Samus há muito tempo atrás e rapidamente produziram uma vacina. Após a aplicação, os sinais de infecção desapareceram rapidamente e todos os parasitas morreram. Ao acordar, Samus foi informada que mais uma vez aquele Metroid havia salvado a sua vida. Seu corpo agora podia absorver os parasitas, mas sua armadura aparentemente estaria ligada ao seu corpo para sempre.

Imediatamente, um sinal de emergência chegou da estação de pesquisa do Biologic Space Labs, informando que uma explosão havia acontecido na área de quarentena. Os gritos que vinham no fundo da mensagem foram mais que o suficiente para que Samus se levantasse e pegasse a sua nave para ver o que havia acontecido na estação. Ela esperava tudo, menos o que havia por vir…

Quer saber como termina essa história? Só jogando Metroid Fusion. 😉

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