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Artigo adicionado em 02/06/2006, às 02:20

SUPERMAN RETURNS: OS QUATRO FILMES
Christopher Reeve é Deus (ou quase, se não fosse o quarto filme) SUPERMAN – O FILME (1978) Considerado por muitos (inclusive por este que escreve) como a melhor adaptação de quadrinhos de super-herói de todos os tempos. As qualidades desta película são tantas que fica difícil colocar todas elas aqui sem esquecer algo, mas vamos […]

Por
Emílio "Elfo" Baraçal


SUPERMAN – O FILME (1978)

Considerado por muitos (inclusive por este que escreve) como a melhor adaptação de quadrinhos de super-herói de todos os tempos. As qualidades desta película são tantas que fica difícil colocar todas elas aqui sem esquecer algo, mas vamos lá: começo com o grande acerto da produção, que é a escalação do papel principal para o então desconhecido Christopher Reeve. Além de ser parecidíssimo com o personagem (inclusive, tem a mesma altura e peso!!!), Reeve impôs uma interpretação digna desse ícone e ainda por cima, consegue dar uma presença onipotente com um visual em que 95% das chances fica ridículo. Se tem alguém que veste a cueca por cima da calça e não só não fica ridículo como você o respeita, é Christopher Reeve. Muitos também não gostam de Margot Kidder como Lois, mas sou do time que adora. O jeito corrido e amalucado dela está lá e ela na época também era muito semelhante à Lois dos quadrinhos dos anos 70.

Contribuindo para tudo isso, vem a direção competente de Richard Donner, que contou de forma épica a origem do homem-de-aço, para depois jogá-lo nas incríveis façanhas que todos queriam ver. Inclusive, os efeitos especiais ganharam o Oscar na época e em sua maioria funcionam até hoje. Se tinha outra coisa que Chritopher Reeve também fazia bem era “voar” com naturalidade. Gene Hackman está impagável como o vilão Lex Luthor, sendo que o bordão de “a mais geniosa mente criminosa da Terra” (ou suas variações, conforme a dublagem/legendagem) pegou e ficou até hoje. O roteiro de Mario Puzo (o mesmo dos filmes de O Poderoso Chefão) é bem amarradinho, consistente e faz juz ao herói. Alguns podem reclamar do “absurdo” da viagem do tempo no final do filme, mas convenhamos: isso fazia parte das HQs da época. Hoje, claro, não faria o maior sentido, mas como o filme foi feito e lançado em 1978…

A história: uma criança alienígena chega à Terra através de um foguete. Seus pais biológicos o mandaram para cá momentos antes de Krypton, seu planeta natal, ser destruído cataclismicamente. Aqui, devido à sua fisiologia diferente estar agindo com um ambiente que não é o seu natural, desenvolve capacidades sobre-humanas ao mesmo tempo em que é criado por um casal do meio-oeste dos EUA, que o achou por acidente no foguete caído. Decide então que usará seus poderes para ajudar a humanidade e lutar por aquilo que é bom e certo. Como primeiro desafio, acaba encarando Lex Luthor, que quer dar o maior golpe imobiliário de todos os tempos com um plano que consiste no uso de misséis nucleares para afundar a costa oeste dos EUA, tornando-se dono do novo litoral americano. E tudo isso ao mesmo tempo em que tenta conquistar a bela e intrépida jornalista Lois Lane.

— Superman: O Filme
Título Original: Superman – The Movie / Direção: Richard Donner / Ano: 1978 / Estrelando: Christopher Reeve, Margot Kidder, Gene Hackman, Marlon Brando e outros / Roteiro: Mario Puzo / Música: John Williams.

SUPERMAN II – A AVENTURA CONTINUA (1980)

Tão bom quanto o primeiro, mas de uma maneira diferente, já que tem mais gags humorísticas e é bem mais solto, esta produção tem um ritmo cadenciado, sendo equilibrado nas cenas de ação e nos momentos mais relaxados. As interpretações continuam perfeitas, em que além de Reeve, o destaque vai novamente para Gene Hackman e para um novato na franquia: Terence Stamp como o General Zod. Mais uma vez é o vilão que cria um bordão famoso, com o “Ajoelhe-se perante Zod!”.

Os efeitos especiais estão muito melhores nesta seqüência e em mais abundância. Destaque para a cena da batalha final entre os três vilões kryptonianos e o herói, que é simplesmente espetacular e continua embasbacante até hoje. Por sinal, foi a primeira da história do cinema de super-heróis em que heróis e vilões superpoderosos se enfrentam. Simplesmente épico!

O roteiro, apesar de ser muito bom, dá umas escorregadelas, como por exemplo, o Superman ter o poder de “arremessar” seu símbolo como se fosse uma espécie de rede; o personagem ter um “beijo hipnótico”, que usa em Lois para que ela esqueça a identidade dele ou o fato dos três vilões kryptonianos já chegarem à Terra falando inglês. Porém, também tem boas sacadas, como na luta dentro da Fortaleza da Solidão, onde tanto Superman como os vilões usam a tecnologia do lugar para criarem ilusões de si mesmos.

A história: Clark está mais do que apaixonado por Lois. Porém, o fato de ser o homem-de-aço pode atrapalhar os planos de relacionamento que ele tem com sua amada. Sendo assim, decide revelar a ela sua identidade secreta. Ainda assim, não é o suficiente, pois ambos não chegam a um acordo de como manter um relacionamento sem ter a atenção dele dividida entre ela e o resto do mundo. Dessa forma, chega a apenas uma solução: retirar seus poderes. Para isso, vai a até a Fortaleza da Solidão, onde com a tecnologia de lá isso se torna possível. Entretanto, o que ele não sabe é que paralelamente a tudo isso, Lex Luthor foge da cadeia e já possui um plano para se vingar. Para completar a leva de problemas, três criminosos kryptonianos, General Zod, Ursa e Non, que foram aprisionados no começo do filme anterior escapam de uma dimensão-prisão chamada Zona Fantasma e estão indo em direção à Terra. Chegando lá, percebem que são bem superiores aos nativos (ou seja, nós) e pretendem dominar o mundo. Para sua surpresa, tomam conhecimento de que já existe um kryptoniano na Terra e que ele pode estragar os planos malignos deles. Naturalmente, Clark acaba tendo que sacrificar seu relacionamento com Lois e recupera seus poderes, travando uma luta fenomenal contra a ameaça tripla e responde ao povo da Terra: “Eu nunca mais deixarei vocês sozinhos!”

— Superman II
Título Original: Superman II / Direção: Richard Lester / Ano: 1980 / Estrelando: Christopher Reeve, Margot Kidder, Gene Hackman, Terence Stamp e outros / Roteiro: Mario Puzo, David Newman e Leslie Newman / Música: Ken Thorne.

SUPERMAN III (1983)

Infelizmente, um hora iriam errar a mão da coisa e aconteceu no terceiro filme da série. História inexistente (onde dão mais foco para Richard Pryor, servindo de janela para o ator cômico), direção pífia, atores mal-escalados (Christopher Reeve é a única coisa legal do filme, mas aqui já começa a aparentar os primeiros e leves sinais de velhice para o papel) e efeitos especiais pra lá de duvidosos, entre outras coisas, comprometem o resultado final da produção e a diversão do espectador.

Erraram em colocar um vilão ao estilo de Lex Luthor que não fosse Lex Luthor, ou seja, trocaram seis por meia-dúzia e mesmo assim, trocaram mal, pois o Luthor ainda é o Luthor e o Gene Hackman… pô, é o Gene Hackman! Não quero desmerecer o Robert Vaughn, mas desculpa aí, sem chance para ele. Além disso, o clima de aventura e quadrinhos fantásticos dos filmes anteriores foi substituído por algo mais “dark” por assim dizer. Não tem o charme dos outros dois longas e é bem cansativo, onde praticamente não acontece nada durante a maior parte da produção. O herói fica pra lá e pra cá, fazendo porcaria nenhuma, apenas recebendo homenagens aqui, fazendo salvamentos corriqueiros ali e brigando consigo mesmo no meio do caminho. Simplesmente tosco. Coitado do Christopher Reeve, que deu azar de pegar um roteirista ridículo ou um bom roteirista num dia ruim dessa vez. Bom, você escolhe, o resultado é o mesmo: o pior filme da série.

A história: o homem dos negócios Ross Webster descobre o grande talento para a informática de Gus Gorman (Pryor), que pra ajudar, não possui escrúpulos nenhum. Os dois juntos criam um supercomputador que não só pode controlar a economia mundial como deter Superman. Ambos fazem isso tentando criar uma kryptonita sintética. Porém, algo dá errado e a kryptonita afeta apenas a personalidade dele e não seus poderes. Agora, Superman é mal e age de acordo, causando caos ao mundo. Depois de muito trabalho, Superman consegue ter suas faculdades mentais de volta e querendo revanche contra os dois. Porém, para isso, deve primeiro enfrentar o tal supercomputador.

— Superman III
Título Original: Superman III / Direção: Richard Lester / Ano: 1983 / Estrelando: Christopher Reeve, Margot Kidder, Richard Pryor, Annete O´Tolle e outros / Roteiro: David Newman e Leslie Newman / Música: Giorgio Moroder e Ken Thorne.

SUPERMAN IV – EM BUSCA DA PAZ (1987)

Olha, muita gente provavelmente vai querer me esganar, mas prefiro este aqui do que o terceiro filme. Enquanto que no longa anterior tudo ficou mais carregado, soturno e com um climão nada a ver com o homem-de-aço, este aqui, apesar das esquisitices, retoma o clima dos quadrinhos do herói. Ainda assim, esta mudança de clima e a volta de Luthor não são o suficiente para salvar a película, que é ruim.

Embora o roteiro e a direção tenham melhorado um pouco em relação à terceira produção, as falhas ainda existem e tudo piora com os efeitos ainda mais toscos de todos, infelizmente. Reeve, que além de atuar, é o principal roteirista, só aceitaria fazer mais um filme do herói se ele pudesse contar uma história que fosse uma mensagem contra a corrida armamentista que acontecia entre os EUA e a hoje extinta URSS, em que basicamente as estrelas dos telejornais eram os mísseis nucleares. Tem até uma cena de Superman discursando no hall de conferências da ONU.

Ainda assim, como de boas intenções o inferno está cheio, o filme é bem fraquinho. Se concentraram na mensagem da fraca história e esqueceram o resto: direção, efeitos especiais, elenco, colocaram um vilão novo (o troglodita Homem-Nuclear, que só sabe grunhir, mas já é melhor do que o supercomputador ridículo do longa anterior) ao invés de investir em algum vilão já conhecido dos quadrinhos, entre outras idéias imbecis.

A história: Dessa vez, Superman resolve ir mais além com seus poderes, não ficando só em ações como deter ladrões de banco, apagar incêndios ou salvar o gatinho preso na árvore. Ele quer ir mais longe, quer tentar ajudar a humanidade a combater seus próprios erros e fraquezas. Seu primeiro alvo acaba sendo o uso de energia nuclear em armas, mais especificamente em mísseis. Em um ímpeto de autoritarismo, chega a impedir testes nucleares em várias nações do mundo, pegando os mísseis e guardando-os em uma gigantesca rede de aço montada por ele no espaço, bem colada na órbita da Terra. Lá, a rede aos poucos é preenchida com centenas de mísseis em um lugar que não podem ameaçar ninguém. Lex Luthor, querendo se vingar, bola mais um plano: rouba um fio de cabelo do herói que está exposto em um museu e usando avançadas (e inexplicáveis) teorias de clonagem, consegue colocar o fio de cabelo e mais alguns produtos químicos juntos, em um míssel nuclear. Superman, por sua vez, agarra o míssil e faz exatamente o que Luthor espera: depois de preencher a rede inteira, a arremessa em direção ao sol, para que sejam todos destruídos. Porém, a reação em cadeia das explosões, radiações, energia solar, o fio de cabelo do Superman e os produtos químicos faz nascer o Homem-Nuclear (ei, o Luthor é um cientista maluco ou o McGuyver?), a nova ameaça contra o herói.

— Superman IV: Em Busca da Paz
Título Original: Superman IV – The Quest for Peace / Direção: Sidney J.Furie / Ano: 1987 / Estrelando: Christopher Reeve, Margot Kidder, Gene Hackman, e outros / Roteiro: Christopher Reeve, Lawrence Konner e Mark Rosenthal / Música: Alexander Courage, Paul Fishman (material adcional) e John Williams.


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