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Artigo adicionado em 04/07/2006, às 11:49

HULK HOGAN
Yeaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! O nome verdadeiro do sujeito é Terrence Gene Bollea. Com impressionantes 1m96 de altura e 53 anos de idade, ele é natural da pequena cidade norte-americana de Augusta, no estado da Geórgia, filho de um pai ítalo-americano (trabalhador da construção civil) e de uma mãe que misturava descendência italiana, francesa e panamenha (instrutora de […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


O nome verdadeiro do sujeito é Terrence Gene Bollea. Com impressionantes 1m96 de altura e 53 anos de idade, ele é natural da pequena cidade norte-americana de Augusta, no estado da Geórgia, filho de um pai ítalo-americano (trabalhador da construção civil) e de uma mãe que misturava descendência italiana, francesa e panamenha (instrutora de dança). Na escola, foi uma forte promessa do beisebol, ganhando até o título de melhor lançador do estado. Mas preferiu a segurança do mundo corporativo e lá se foi Terrence, se formar como administrador de empresas na Universidade do Sul da Flórida, em Tampa. Enquanto estudava, profissionalizou-se no manuseio de instrumentos de corda, atuando como baixista e guitarrista profissional em diversas bandas da região. Mas nada disso fez a sua cabeça, nem a música e muito menos a vida no escritório. O que Terrence queria mesmo era dar porrada.

Sua estréia nos ringues da luta-livre aconteceu em 1978, ainda usando o nome artístico de Terry Boulder. Inicialmente em total obscuridade, nosso simpático Terrence foi aos poucos conquistando espaço na American Wrestling Alliance (AWA), uma das pequenas organizações de base para lutadores iniciantes. O nome artístico viria como sugestão do lendário promotor Vincent McMahon, que o achou parecido com o Incrível Hulk da série de TV setentista. Resultado: Hulk Hogan. A explosão de sucesso começaria em 1982, quando Hogan aceitou um convite do diretor e roteirista Sylvester Stallone para fazer uma mínima e divertida ponta em Rocky III (aquele no qual o igualmente fortão Mr.T interpreta o vilão Clubber Lang). Ele já estava pronto para o estrelato, ganhando destaque nos eventos principais e, no ano seguinte, uma vaga garantida na crescente World Wrestling Federation (WWF), dos mesmos organizadores da WWE (World Wrestling Entertainment).

Na época, a WWF ainda engatinhava no mundo do entretenimento, transformando-se aos poucos de atração local em um programa exibido nacionalmente. A presença de Hogan, um personagem cheio de personalidade e carisma, combinada com uma boa dose de marketing e relações públicas, ajudou a transformar não só a WWF, mas também todo o negócio da luta-livre em um dos mais rentáveis da história do entretenimento norte-americano. A barba e os cabelos loiros, as roupas sempre com variações de vermelho e dourado e a mania de sempre rasgar a camiseta antes do início do combate faziam dele um personagem único, que conquistou o público dentro e fora do mundo da luta-livre. Se a coisa toda é uma armação e as lutas todas são combinadas? Isso você aí, do outro da tela, pode muito bem responder sozinho.

O primeiro de seus muitos títulos de peso-pesado pela WWF foi conquistado no dia 23 de janeiro de 1984, diante de um sujeito conhecido como Iron Sheik. A vitória de Hogan é considerada uma das mais rápidas do segmento: 5 minutos e 40 segundos. Por sinal, este cinturão de campeão ficou em seu poder durante quatro anos – até que, em fevereiro de 1988, Hogan acabou sendo vencido, em circunstâncias “estranhas”, pelo falecido grandalhão André The Giant. Na época, André teria entregado o cinturão ao arquiinimigo de Hogan, Ted DiBiase, que teria subornado o gigante para conseguir a honraria, já que nunca teria conseguido obtê-la em combate direto com nosso herói. Reza a lenda que esta teria sido a primeira derrota de Hulk Hogan no fantasioso universo da luta-livre.

Hogan e André já tinham feito história no ano anterior, quando sua luta se tornou o principal destaque do terceiro volume da série de vídeos Wrestlemania. O loirão venceu a disputa e ainda foi consagrado pelos fãs como o primeiro sujeito a conseguir atingir o inabalável André com um movimento do tipo body slam.

No meio de uma onda de sucesso inquestionável, em 94 viria o escândalo dos esteróides na WWF, que levou diversos lutadores a admitirem o uso de substâncias ilegais para manterem os músculos. O mundo se rendia ao conceito da “geração saúde”, e os conservadores papais e mamães norte-americanos jamais concordariam em ver seus filhotes reverenciando heróis que recorriam à drogas para manterem os corpos em forma. Em nome do politicamente correto, Hogan saiu do armário e confessou a utilização de esteróides. Por causa disso, foi aos poucos de afastando lentamente dos eventos da associação, até que se desligou dela completamente. Passou algum tempo desaparecido, fazendo pequenas apresentações públicas – até que fez um triunfante retorno justamente na World Championship Wrestling (WCW), grande rival da WWF. Ao lado de Scott Hall e Kevin Nash, formou o grupo conhecido como New World Order – a principal trinca de vilões do torneio. Exatamente: Hogan deixou de ser bonzinho. Passou a vestir-se somente de preto e até tingiu a barba. Resultado: sucesso garantido!

Ainda hoje, Hogan continua lutando sem compromissos ao redor do país – agora, ainda mais premiado por fazer parte do Professional Wrestling Hall of Fame e, mais recentemente, do Hall da Fama da própria WWE/WWF que um dia ele abandonou.

::: A CARREIRA NO CINEMA E NA TV :::

A rápida aparição em “Rocky III” foi apenas a primeira de Hogan no universo cinematográfico. Dois anos depois, ele entraria no elenco de Bimini Code, umas daquelas aventuras de ação típicas da “Sessão da Tarde”. Em 89, em Desafio Total (No Holds Barred), o lutador interpretava…um lutador de luta-livre chamado Rip. Ou seja: nada muito complicado. Só em 91, no entanto, é que Hogan conseguiria seu primeiro êxito (?) como protagonista, no assombrosamente ruim Comando Suburbano. No papel do guerreiro intergaláctico Shep Ramsey, Hogan tenta se adaptar à vida na Terra ao lado da família de um pacífico arquiteto (Christopher Lloyd, o Prof.Brown de “De Volta Para o Futuro”). E o público chora de dor e sofrimento.

Dois anos depois, era hora de uma comédia ainda mais rasgada. O tema não poderia ser mais óbvio: o cara fortão pode ter cara de mau e um passado repleto de sangue e dentes quebrados. Mas ele tem bom coração. E acaba sendo convocado para o papel de…babá??? Pois é. Pode parecer Operação Babá, com o Vin (ARGH!) Diesel, mas é muito anterior. É Mr.Nanny – Uma Babá de Peso – e que, apesar dos pesares, até que consegue momentos engraçadinhos. Mas depois disso…Hogan estaria fadado ao lado 100% B da sétima arte, participando de uma dezena de títulos cujo destino certo seriam as prateleiras mais sombrias das locadoras: O Clube dos Agentes Secretos (96), Herói Por Engano (96), Comando Tático (97), 3 Ninjas do Barulho (98)…Este ano, ele completa um “filme-família” em 3-D chamado Little Hercules – no qual o semideus, ainda infante, parte para viver uma vida normal no mundo mortal. Hogan será o paizão de Hércules, o todo-poderoso Zeus. E que ele e todos os deuses gregos, celtas, asgardianos, incas, egípcios e afins tenham piedade de nós.

Já na TV, a passagem de Hogan teve dois momentos interessantes. O primeiro deles foi em 85, quando o sujeito ganhou sua versão animada, ao lado de diversos lutadores da WWF, em Rock ‘n’ Wrestling, que se tornou uma espécie de cult para os alucinados fãs norte-americanos mesmo com suas curtas três temporadas. Apesar de ser a principal estrela do desenho, Hogan só dava o ar da graça na série durante alguns pequenos segmentos live-action do negócio – já que ele não dublava a si mesmo, cabendo a tarefa ao divertido ator Brad Garrett, o irmão policial de Raymond no seriado Everybody Loves Raymond.

Em 93, viria seu investimento mais arriscado, ao produzir e protagonizar o filme lançado direto para vídeo Thunder: Missão No Mar. No papel do ex-soldado especial da Marinha Randolph J. ‘Hurricane’ Spencer, Hogan combatia o crime a bordo de uma sofisticada embarcação de nome THUNDER (por esta você não esperava, hein?). A película fez tanto sucesso que, em 94, ganharia uma continuação e, vejam só, uma série de TV – que chegou inclusive a ser exibida no Brasil. Inteiramente rodada dentro dos estúdios da Disney-MGM na Walt Disney World em Orlando, na Flórida, a série até que não era das piores. Até que tinha seu lado divertido. Mas parece que o público americano não concordou (talvez influenciado pelo já citado escândalo dos esteróides na WWF) e “Thunder: Missão no Mar” teve apenas e tão somente uma temporada. Bem quando o cara finalmente acertou, não? 🙂

Curiosidade bizarra: em 97, quando estava selecionando os atores para o elenco de Batman & Robin, o diretor Joel Schumacher tinha considerado Patrick Stewart (SIM!) ou Anthony Hopkins para interpretar o Sr.Frio. Mas por algum motivo estranho que só ele deve entender, Schumacher resolveu que o vilão deveria ser do tipo fortão, “como uma rocha ou um iceberg” (infame é pouco). Então, rapidamente pensou em Arnold Schwarzenegger. Se o governator não tivesse aceitado, as opções do cineasta seriam respectivamente Sylvester Stallone e…sim, sim, bingo. Hulk Hogan. Já imaginou?

::: O INCRÍVEL HULK? :::

Como era de se esperar, o nome “Hulk Hogan” não é de propriedade do lutador e nem da WWE/WWF – mas sim da Marvel Comics, que detém os direitos sobre o nome do gigante esmeralda Hulk e ainda sobre Hulkmania, Hulkster e, é claro, Hulk Hogan. A Casa das Idéias, no entanto, tinha um acordo com a WWF – do qual Hogan não pode se beneficiar quando foi para a WCW, mudando o nome para Hollywood Hogan.

::: A FAMÍLIA HOGAN :::

Hogan é casado, desde 83, com Linda Hogan – e tem dois filhos: Nick Hogan (16 anos, aspirante a ator) e Brooke Hogan (18 anos, que acabou de lançar um disco para iniciar sua carreira como cantora pop). A casa da família tem mais de 30 animais diferentes, incluindo cães, gatos, passarinhos, chinchilas, ferrets, tartarugas, iguanas, coelhos e um sapo. “Não importa o que aconteça com a minha luta, a minha família vem em primeiro lugar”, diz Hogan. “A luta é meu sangue, mas minha família é meu coração”. Oh, que meigo, hein? :-p


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