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Artigo adicionado em 07/07/2006, às 06:05

OS 20 ANOS DOS FLASHMAN
“Refraaaaaaaaação Flash!” ::: MULTIMÍDIA:> Vídeo da abertura com a canção “Chou Shinsei Flashman”, de Taku Kitahara> Seqüência da formação da bazuca Cosmic Vulcan> Assista ao primeiro episódio na íntegra!::: MAIS SÉRIES JAPONESAS:Spectreman | Jiban | Machine Man | Metalder | Black Kamen Rider | Jiraiya “Um dia, cinco crianças foram raptadas da Terra e levadas […]

Por
Thiago "El Cid" Cardim


::: MULTIMÍDIA:
> Vídeo da abertura com a canção “Chou Shinsei Flashman”, de Taku Kitahara
> Seqüência da formação da bazuca Cosmic Vulcan
> Assista ao primeiro episódio na íntegra!

::: MAIS SÉRIES JAPONESAS:
Spectreman | Jiban | Machine Man | Metalder | Black Kamen Rider | Jiraiya

“Um dia, cinco crianças foram raptadas da Terra e levadas para os confins do universo. E após, 20 anos…COMANDO ESTELAR FLASHMAN”

A frase acima tornou-se célebre para os fãs brasileiros quando, em 1989, a finada Rede Manchete aproveitou o embalo do sucesso de Jaspion e Changeman e trouxe para as telinhas brasileiras o décimo filhote dos super sentai produzidos pela Toei Company, o seriado de TV live action – ou “tokusatsu”, como são conhecidos na Terra do Sol Nascente – Flashman (Choushinsei Flashman). No entanto, a série foi ao ar três anos antes no Japão, pela TV Asashi, em março de 1986, comemorando agora em 2006 duas décadas de luta contra as forças do mal.

Com seus 50 episódios (e dois longas inéditos no Brasil, aliás), os Flashman encantaram os fãs nipônicos até fevereiro de 87, quando finalmente foi exibido o triste episódio final Adeus Planeta Terra. “Triste”, por sinal, é a palavra-chave dos roteiros que embalaram as aventuras do quinteto Jin (Red Flash, interpretado por Fujita Taruzumi), Dan (Green Flash/Kihachirou Uemura), Go (Blue Flash/Yasuhiro Ishiwata), Sara (Yellow Flash/Youko Nakamura) e Lu (Pink Flash/Mayumi Yoshida). Embora os primeiros episódios tendessem para um tom mais humorístico, à medida que a trama foi evoluindo a coisa começou a ficar mais séria, sombria e emocional, culminando numa conclusão tão intensa quanto aquelas que pudemos ver em Metalder ou Black Kamen Rider.

A história começa quando cinco crianças são raptadas da Terra por caçadores espaciais, seguindo as ordens do temível Monarca La Deus, líder do Império Mess. O seu objetivo seria transformar os pequeninos em cobaias para as experiências genéticas do Doutor Keflen – mas um acidente faz com que eles acabem sendo salvos pelo povo do distante Planeta Flash. Como resultado, os três garotos e as duas garotas acabam sendo adotados pelos amistosos alienígenas e criados nos seus respectivos satélites. Dan (o favorito deste que vos escreve, aliás) passou a infância em Green Star, de superfície rochosa e gravidade muito intensa. Já Go, o mais jovem, esteve em Blue Star, um lugar desértico repleto de tempestades magnéticas. Sara desenvolveu suas habilidades mentais no congelado Yellow Star, enquanto Lu aprendeu a levitar em Pink Star. Por último, Jin cresceu no próprio Planeta Flash, que reúne todas as características de seus satélites. O fato é que, apesar das diferenças de treinamento nas mais adversas condições, os cinco mantinham um igual ímpeto de vingança contra La Deus e um enorme desejo de retornar a Terra.

Os heróis multicoloridos então descobrem, vinte anos depois, que o cruzador imperial Mess está se dirigindo ao seu planeta natal como parte de um plano de dominação do universo. Ignorando os avisos de perigo do povo do Planeta Flash, eles reúnem a maior quantidade de equipamentos possíveis e, a bordo da fortaleza voadora Star Condor, finalmente singram o espaço para encarar a ameaça contra a qual se preparam durante toda a vida.

::: AS ARMAS :::

Em sua batalha contra os Mess, o Comando Estelar está bem equipado. Olha só:

Star Laser: a arma básica de toda equipe super sentai, uma combinação básica usada pelos cinco Flash e que pode se tornar espada ou escudo (lembra de algo nos Changeman?). O material base é uma espécie de adamantium do Planeta Flash, muito raro e altamente resistente. Quando os nossos heróis trabalham em equipe com seus Star Laser, podem combiná-los e dar origem a armas ainda maiores como o Star Laser Flash Bumerangue, Star Laser Fusão Poderosa Lança e o Super Star Flash, entre outros. Além disso, todo Flash tem direito, no pacote básico, a uma motocicleta Turbo Laser;

Cosmic Vulcan: todo quinteto nipônico tem também a sua bazuca personalizada para explodir os monstros – para que então outra criatura monstruosa ou aparato mirabolante os faça ficarem gigantes. A Vulcan dos Flash é formada pela união das bazucas particulares de cada guerreiro: Red Vulcan, Green Vulcan, Blue Vulcan, Yellow Vulcan e Pink Vulcan (mas eu aposto que estes nomes você já tinha deduzido);

Sword Laser: uma espada de vidro vermelha, principal artifício do líder Red Flash. Nome do ataque especial: Trovão de Fogo;

Glass Laser: luvas de vidro verdes, arma especial do Green Flash. Nome do ataque especial: Tempestade Cósmica;

Laser Ball: não chega a ser uma arma, mas sim o poder especial do Blue Flash, através do qual ele se transforma em uma espécie de bolha azul e sai dando porrada por aí;

Bastões Laser: um par de bastões amarelos de propriedade de quem? Um doce para quem chutou “Yellow Flash”. Nomes dos ataques especiais: Freeze Laser (congelante) e Bastão Energético (rajada de energia);

Shoot Laser: as botas de vidro da Pink Flash, versão feminina das luvas do Green Flash. Nomes dos ataques especiais: Chute Dinamite e Passo Aquático;

Estrelas Projéteis: basicamente um set de shurikens (as afiadas estrelas ninja) de cor azul, utilizados pelo Blue Flash;

Bolas Projéteis: pequenas esferas explosivas, similares àquelas vistas nas mãos dos principais ninjas da cultura pop, usadas pela Yellow Flash;

Corações Projéteis: o mesmo conceito do artefato anterior, só que em formato de coração (how sweet…). Arma da Pink Flash;

::: OS ROBÔS :::

O ponto alto do seriado, e também o mais lembrado pelos fãs – também, pudera, já que os Flashman foram os primeiros a ter mais do que um robô gigante para enfrentar seus inimigos tamanho família:

Flash King: o robô original da equipe, formado pela união de três veículos – o Tanque Comando (comandado pelo Red Flash, fazendo o tronco e a cabeça), Delta Craft (jato pilotado por Green Flash e Yellow Flash, fazendo as vezes de perna e o braço direito) e Omega Craft (outro jato, obviamente pilotado pelos restantes Blue Flash e Pink Flash, e que se torna perna e braço esquerdo, além de trazer o escudo do robô). Finaliza os combates com a sua enorme espada Cosmic Laser, devidamente guardada no Star Condor;

Titan Júnior: depois da trágica destruição de Flash King no episódio 15 (“O Extermínio do Robô”), os Flash ganharam de Barak, o traidor do Império Mess, um imenso caminhão chamado Titan Flash. A base principal do veículo se transforma no pequenino e ágil Titan Júnior – de longe o robô favorito dos nostálgicos de plantão;

Gran Titan: a arma de destruição em massa suprema dos Flashman. O Titan Júnior se une à carroceria do Titan Flash e…bingo! Apesar de feioso e sem muito movimento, o Gran Titan é enorme e assustadoramente poderoso, disparando uma rajada destruidora de seu peito;

Vale lembrar que, mesmo depois da reconstrução do Flash King, os guerreiros Flash se alternam na utilização das outras máquinas quando combatem seus inimigos em maiores proporções.

::: OS ALIADOS :::

Mag: um robô pra lá de pentelho e em forma de lata de lixo que foi colocado pelos nativos do planeta Flash dentro da nave Condor. Acaba se tornando a babá do nosso quinteto. Formaria um par perfeito com o Alpha 5 dos “Power Rangers”…

Doutor Tokimura: genial cientista e pai de família, está sempre dando uma mãozinha aos Flashman com suas invenções mirabolantes. Há 20 anos, os caçadores espaciais seqüestraram um de seus filhos – o que, é claro, indica que um dos nossos heróis é filho do simpático moço. O segredo, no entanto, é guardado a sete chaves até o fim da série;

::: OS INIMIGOS :::

Monarca La Deus: o megavilão da história, soberano absoluto do Império Mess. Como de costume, segue à risca o manual básico do antagonista cósmico: quer dominar o universo, se tornar o ser mais poderoso da existência e transformar todos os povos da galáxia em seus escravos…

Doutor Keflen: La Deus pode ser o vilãozão da coisa toda, mas Keflen é de longe o personagem mais interessante do time dos bad guys. Cientista maluco que usa um sintetizador biomolecular (uma espécie de “órgão” musical bizarro cheio de luzes) para misturar moléculas e criar seus próprios monstrengos guerreiros. “A mutação sintetizada é a arte da vida”, costuma dizer. Fora os membros da tripulação da nave imperial, todos os seus seres horrorosos que enfrentam os Flashman têm o prefixo “Za” no nome;

Kaura: se você assistiu aos Changeman alguma vez na vida, dá para dizer que Kaura é uma espécie de equivalente de Bubba no universo dos Flashman…só que sem o mesmo conceito de honra. Comandante dos caçadores espaciais que seqüestraram os heróis flash ainda crianças. Sua principal arma, além dos raios de energia disparados pelos dedos, é um enorme chicote laser. Tem uma rixa pessoal com Keflen, que acaba se transformando em batalha aberta nos últimos episódios da série;

Galdan: braço direito de Kaura, só aparece próximo do final da série (episódio 43, “A Revolta de Kaura”), quando o seu chefe se revolta com o Império Mess e passa a agir por conta própria;

Wandar: criação de Keflen misturando diversos espécimes de todo o universo, um dos personagens mais bizarros do programa. Parece uma zebra com asas – mas quando grita “Mutação Demoníaca, Monstro Fantasma Wandaloo”, assume a forma de Wandaloo e ganha o poder de congelar o tempo por 3 segundos. Que mêda!

Nefer: outra criação estranha do Doutor Keflen e rival declarada de Wandar. Com um pequeno bastão, pode assumir a forma de Nefeli – e, nesta forma assombrosa, pode criar toda sorte de ilusões com o grito “Visão Infernal”. Tem como assistentes os (as) peludos (as) Urk e Kirt;

Gals: enorme coadjuvante babaca. De pele azulada, o mudinho acaba morrendo logo depois do meio da série (episódio 28, “O Magnífico Gals”). Tudo porque a roupa do personagem era grande demais, cara demais e dava muito trabalho à equipe de produção no meio das cenas de combate. E não faz falta nenhuma;

Medusan: o Gyodai dos Flashman. É um monstrinho gelatinoso que parece uma água viva. Depois que os heróis explodiam os vilões criados por Keflen com a Cosmic Vulcan, Medusan era chamado para ressuscitá-los e torná-los gigantes o suficiente para serem espancados pelos robôs dos Flashman. Tsc, tsc…

Zolos: os soldadinhos sparring, aqueles convocados só para distrair a galera multicolorida. São uns insetóides vermelhos e de olhos verdes, mas cuja utilidade é a mesma dos Soldados Hidler, dos Changeman.

::: O ENCERRAMENTO :::

Um terrível segredo aguarda os Flashman à medida que a história vai ganhando seus contornos finais: todos os nascidos e/ou criados no sistema estelar de Flash carregam consigo um calcanhar de Aquiles. A tal fraqueza (um fenômeno chamado Flash-Negativo) faz com que seus corpos rejeitem, depois de algum tempo, a permanência em qualquer ambiente com condições ambientais diferentes de Flash. Mesmo em contagem regressiva antes de partirem (ou acabarão morrendo), os cinco combatentes prometem expulsar de vez o Império Mez de seu planeta natal.

Depois de ter seus caçadores espaciais derrotados definitivamente pelos Flash, o maléfico Kaura seqüestra o Dr.Tokimura e o obriga a construir um sintetizador biomolecular similar ao de Keflen, para destruir La Deus. Ao lado de Galdan, ele invade a nave imperial e expõe ao mundo o mistério do monarca de Mez: na verdade, La Deus era apenas uma biomolécula líquida em busca de evolução! Depois de uma batalha com Red Flash, Kaura aproveita a transformação de Galdan em um monstro gigante e captura Sara – e pouco antes de morrer, o vilão acaba revelando então que a bela Yellow Flash é a verdadeira filha de Tokimura.

No meio do caos e sem a presença de La Deus, Keflen assume o comando do império – até que seu mestre retorna miraculosamente do mundo dos mortos e revela mais um segredo: Keflen também é um terráqueo, capturado da Terra por caçadores espaciais da mesma forma que os Flashman, só que 300 anos antes. Transtornado, Keflen usa o seu sintetizador para transformar La Deus em um temível monstro de nome La Zeuner – mas que acaba sendo vencido por nossos heróis. Ainda resta ao cientista louco um último plano: usar as células restantes do monarca para criar o Za Demoz que, unido ao estranho Medusan, se torna a maior ameaça que os coloridos guerreiros do bem já viram…

Para acabar de vez com a história, você deve imaginar o que acontece: eles perdem novamente o coitado do Flash King, destruído por Demoz, mas o Gran Titan e seu megaultrapower raio de energia dão conta do recado. Dentro da embarcação imperial, eles encaram a batalha final contra Keflen (que, como eu disse antes, é um vilão muito mais legal que o tal do La Deus) e o sujeito acaba se matando, totalmente louco, em plena utilização do sintetizador, no meio de uma explosão! A Terra está salva…mas acabou o tempo dos nossos heróis. Em uma cena muito triste, os cinco são colocados pelo robô Mag na Star Condor e enviados de volta ao Planeta Flash. E…fim.

No saldo geral, podemos concluir duas coisas: 1) este é o primeiro e talvez um dos únicos seriados super sentai onde a personagem amarela acaba ganhando mais importância até do que o líder vermelho; e 2) algum dos roteiristas não devia gostar da atriz escalada para fazer a Pink Flash – afinal, a moça estrela somente dois míseros episódios solo (três se a gente considerar o capítulo no qual ela e a Yellow Flash são as protagonistas).

::: O SUCESSO NO BRASIL :::

A aposta da Manchete em “Flashman” esperava um sucesso estrondoso, do tamanho de “Changeman” e “Jaspion”. Tanto é que a distribuidora que trouxe o material para o Brasil, a Everest Vídeo, investiu na inédita iniciativa de colocar créditos de abertura em português. Mesmo assim, entre os fãs brasileiros, “Flashman” não fez assim tantos fãs quanto seus primeiros irmãos. No entanto, a quantidade de produtos licenciados lançados por aqui não foi pequena: um disco com versões das canções em português, bonecos, fantasias, máscaras, espadas, escudos, o “relógio refração”, álbum de figurinhas (junto com outras séries do gênero em exibição no Brasil como Black Kamen Rider e Maskman), histórias em quadrinhos (no gibi “Heróis da TV”, da Ed.Abril) e até um circo itinerante do tipo daquele com os seus “primos” Change.

“Flashman” ainda seria reprisado entre 93 e 95 pela Rede Record, já depois do colapso da Manchete, e mais tarde ganharia nova chance, em 97, pela CNT/Gazeta. Mas definitivamente, o retorno nunca mais foi o mesmo…

::: A DUBLAGEM :::

Com direção de Líbero Miguel na Álamo, “Flashman” marcou a estréia nas dublagens de Francisco Bretãs, na voz do Red Flash – e que nos anos seguintes seria os vermelhinhos também em Google 5 e Maskman, antes de assumir de vez o papel animado que o consagrou como dublador: o gélido Hyoga de Cisne, dos Cavaleiros do Zodíaco.

No primeiro lote de 10 episódios (aqueles primeiros reprisados à exaustão pela Manchete), o narrador era Francisco Borges – que, depois de brigas envolvendo “diferenças criativas” com o estúdio de dublagem, acabou abandonando o barco para a entrada de Carlos Alberto Amaral, que cuidaria da narração até o derradeiro episódio 50. Confira a lista dos principais dubladores:

Jin/Red Flash: Francisco Bretas
Dan/Green Flash: Eduardo Camarão
Go/Blue Flash: Carlos Laranjeira
Sara/Yellow Flash: Lúcia Helena
Lu/Pink Flash: Cristina Rodrigues
Mag: Nair Silva
Doutor Tokimura: Ricardo Medrado
Setsuko Tokimura: Ivete Jaime
Midori Tokimura: Letícia Quinto
Kaori Tokimura: Denise Simonetto
Doutor Keflen: Gastão Malta
Monarca La Deus: Líbero Miguel
Kaura: Muybo Cury
Nefer: Daisy Celeste
Wandar: Marcos Lander
Kirt: Ivete Jaime
Urk: Denise Moreno
Galdan: Ézio Ramos


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